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LEONARDO VOLPATOSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Agatha Moreira vem comendo o pão que o diabo amassou na pele de Luma, em "Mania de Você" (Globo). Traída pelo namorado da juventude, enganada e roubada pelo novo amor, a milionária se vê sem um centavo, quase passa fome, é rejeitada pelo novo casinho quando conta a ele que não é mais aquela patricinha rica de antigamente... Haja sofrimento.
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Mas a atriz afirma que o jogo vai mudar. "O público pode esperar muitas reviravoltas que surpreenderam até mesmo o elenco. A Luma vai reagir. Esse novo lado dela será construído dia após dia. Vai se dar conta de que há sentimentos nela ainda não explorados", adianta.
Agatha, 32, está acostumada aos papéis de vilã, como Josiane de "A Dona do Pedaço" (2019), e Graça, mais recentemente, em "Terra e Paixão" (2023). Os próprios fãs parecem ter se acostumado a olhar para ela e a projetar um perfil cheio de maldades na dramaturgia.
Por isso, a personalidade sofredora da sua atual personagem na trama de João Emanuel Carneiro tem mexido com os espectadores. Pelas redes sociais, eles clamam por uma virada de chave, em que ela saia do coitadismo apresentado até agora –se possível, com algumas pitadas de vilania, para que ela se vingue de tudo o que vem passando.
"O curioso é que quando estreei em 'Malhação' [2012], nada indicava que esse caminho seria desta forma. As pessoas gostam do pacote completo, da maldade num bom enredo. Em 'Mania de Você', bom, está na hora daquelas pessoas pagarem pelo mal que causaram", diz.
Outro fator marcante em "Mania de Você" são as cenas com cargas sensuais de maior voltagem do que o usual. Até os beijos na boca parecem mais reais na novela, assim como as cenas de sexo e pegação. Quanto a isso, Agatha dá a entender que o elenco não está fazendo nada fora do normal. Nada além do que se espera na interpretação de um casal jovem e com hormônios em ebulição.
"Na prática, essas cenas são construídas de uma maneira bem diferente do que chega no ar para o público consumir", afirma. "É tudo muito bem conversado e coreografado. Precisamos pensar não só nos limites dos personagens e das situações, mas também no limite dos atores em cena. É tudo feito com muita cautela", diz a atriz, que na história, viveu momentos tórridos com Nicolas Prattes, o Rudá.
"Se o público está comentando sobre os beijos é porque estamos fazendo bem o nosso trabalho. Um ator precisa entregar verdade, fazer com que embarque naquela história ficcional que está sendo contada. O que ajuda a engajar não é uma cena isolada de um beijo, mas uma história bem construída", afirma.
E a traição veio do próprio Rudá, um amor de juventude. Nos primeiros capítulos, Luma flagra o amado aos beijos com Viola (Gabz). Perguntada se, assim como na ficção, já foi traída na vida real, Agatha brinca: "Quem nunca?" (risos).
Ela lembra, porém, que o sofrimento de Luma vai além da traição na relação amorosa. "Ela foi atacada por todos os lados, na família, dentro e fora de casa, uma rasteira após a outra. Creio que todo ator guarda sentimentos experienciados como numa 'caixinha de lembranças', e isso é valioso para o nosso trabalho."