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Em comunicado, o grupo aliado do Irã especificou que bombardeou com "uma onda de mísseis uma base localizada a sul de Haifa, tendo como alvo uma fábrica de materiais explosivos".
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O Hezbollah assumiu a responsabilidade por um ataque de drones contra uma base aérea em Haifa na sexta-feira (11).
No mesmo dia, o movimento tinha solicitado os israelitas a afastarem-se das instalações militares das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) em áreas residenciais no norte do país.
"O exército do inimigo israelita utiliza casas (...) como centros de reunião dos seus oficiais e soldados" em diversas regiões do norte de Israel e "tem bases militares" nas principais cidades do norte como "Haifa, Tiberíades, Acre" em particular, frisou o Hezbollah, numa mensagem transmitida em árabe e hebraico.
O grupo alertou "os residentes que estão perto destas instalações militares para protegerem as suas vidas".
As IDF relataram na sexta-feira que um 'drone' lançado do Líbano atingiu um edifício na cidade de Herzliya, no centro do país, não havendo, até o momento, registro de vítimas devido a este incidente.
"Após a recente ativação de alertas no centro do país, foram detectados dois drones atravessando o território libanês. Os dispositivos estiveram sob vigilância desde que atravessaram a fronteira do Líbano", indicaram as IDF na rede social X (antigo Twitter).
Os sistemas de defesa aérea interceptaram um dos 'drones', embora sejam desconhecidas as razões pelas quais o segundo dispositivo não foi abatido.
"O incidente está sendo investigado", acrescentaram as IDF.
Polícias israelitas e especialistas em desativação de bombas foram ao local para realizar as investigações.
As autoridades locais em Herzliya informaram os residentes que podem deixar as suas casas em segurança, de acordo com o jornal The Times of Israel.
O atual conflito na região começou no dia 07 de outubro de 2023, quando cerca de mil combatentes do movimento islamita palestiniano Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, dos quais quase 100 continuam detidos.
As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram cerca de 41.500 pessoas e forçaram quase dois milhões de pessoas a fugir de casa, segundo as autoridade do enclave, controladas pelo Hamas.
Israel e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado fronteiriço há mais de um ano, paralelamente à guerra que acontece na Faixa de Gaza.
Nas últimas semanas, o exército israelita intensificou os seus bombardeamentos no país vizinho e lançou uma incursão terrestre que provocou mais de 2.100 mortos e 11 mil feridos no Líbano.
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