A luta de uma tribo indígena para proteger suas terras na Amazônia

A batalha de uma tribo contra um mundo de modernização

A luta de uma tribo indígena para proteger suas terras na Amazônia

Aninhadas nas profundezas da floresta amazônica estão dezenas de tribos indígenas cujo modo de vida está sendo ameaçado. À medida que o mundo tenta expandir suas cidades e fronteiras em todos os cantos do globo, essas tribos estão encontrando dificuldades para manter suas terras e suas tradições. Para piorar a situação, os governos da América do Sul não estão tomando nenhuma ação para garantir que essa segurança seja implementada.

Uma dessas tribos, conhecida como Munduruku, resolveu o problema com as próprias mãos. Os indígenas percorreram seu território e demarcaram a área por conta própria. Mas será que este é o fim das disputas? Ou eles ainda enfrentam ameaças externas? Clique na galeria a seguir para ver o que aconteceu.

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Guerreiros Mundurukus

No início de 2024, 50 guerreiros da tribo Munduruku viajaram pela densa floresta amazônica para fazer algo que o governo brasileiro não fez: demarcar as fronteiras de suas terras ancestrais.

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Uma missão difícil

Os esforços dos guerreiros Mundurukus têm sido uma batalha de longa data pelo reconhecimento oficial e proteção contra extração ilegal de madeira, mineração e projetos governamentais.

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Marcação de fronteira desafiadora

Os Mundurukus abriram um caminho de 6 metros de largura através da selva densa, colocando placas declarando suas terras como protegidas. Este ato de desafio realmente sustentou a determinação da tribo de reivindicar seu território, apesar da negligência do governo com seus direitos.

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Liderança

Juarez Saw, chefe do território Sawre Muybu, criticou o governo brasileiro por não demarcar terras indígenas. Ele enfatizou que essa responsabilidade não deve recair sobre os Mundurukus, que foram forçados a resolver o problema com as próprias mãos.

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Deficiências

A Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) disse que a escassez de pessoal está na raiz de seu fracasso em demarcar terras. A ineficiência da agência deixou os territórios indígenas vulneráveis à exploração e à invasão.

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Comunidade

A expedição para marcar as fronteiras incluiu não apenas guerreiros, mas também mulheres e crianças da aldeia. Enquanto os homens limpavam a terra, as mulheres preparavam comida, tudo em um esforço coletivo de espírito comunitário.

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A vida na selva

Na selva, os Mundurukus convivem harmoniosamente com seu ambiente. Eles caçam, cozinham refeições e as crianças brincam nos rios, o que destaca sua profunda conexão com a terra e as tradições.

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Décadas de luta

Os Mundurukus lutam para proteger suas terras há cerca de 25 anos, cuidando e desobstruindo as fronteiras para evitar o crescimento excessivo e para manter os invasores afastados. Eles têm lutado continuamente contra ameaças contínuas e atividades ilegais constantes.

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Meio ambiente

O território Sawre Muybu é fundamental não apenas para os Mundurukus, mas também para os esforços ambientais globais. A floresta amazônica, da qual sua terra faz parte, desempenha um papel vital na desaceleração do aquecimento global. Sua proteção é crucial.

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Contaminação por mercúrio

Uma das maneiras pelas quais o meio ambiente na área foi danificado é por meio do garimpo ilegal de ouro, que levou ao envenenamento por mercúrio dos rios. Essas toxinas contaminaram os peixes dos quais os Mundurukus dependem para seu sustento.

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Promessa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu reiniciar o processo de reconhecimento de territórios indígenas. No entanto, o progresso tem sido lento e muitas áreas (incluindo Sawre Muybu) ficaram sem proteção vital.

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Reconhecimento lento

Desde que o presidente Lula assumiu novamente o cargo em 2023, 10 novas reservas indígenas foram reconhecidas, com 62 territórios indígenas ainda aguardando sua assinatura e mais 200 em estudo. Esse processo lento deixa muitas comunidades expostas à exploração destrutiva.

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Reação conservadora

Os esforços de Lula para demarcar terras indígenas enfrentaram oposição de um Congresso conservador, do lobby agrícola e de aliados políticos que priorizam o desenvolvimento de estradas e ferrovias na Amazônia sobre os direitos indígenas.

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Barragem hidrelétrica

Uma grande ameaça enfrentada pelas tribos indígenas é um plano para construir uma barragem hidrelétrica de 8.000 megawatts na floresta, que poderia inundar grande parte do território de Sawre Muybu. Embora tenha sido arquivado em 2016, movimentos recentes da empresa de energia Eletrobras sugerem que o projeto pode ser retomado.

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Projeto ferroviário

Os Mundurukus também estão preocupados com uma proposta de ferrovia de 1.000 km destinada a transportar grãos do Mato Grosso para um porto de Tapajós. Eles temem que a ferrovia possa facilitar um maior acesso às suas terras para atividades ilegais.

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Espalhados

O curso médio e superior do rio Tapajós, no Brasil, abriga os Mundurukus há milhares de anos. Existem 17.000 deles espalhados por 11 territórios, dos quais apenas dois têm pleno reconhecimento legal.

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Demanda por direitos

A membro da tribo e ativista Alessandra Munduruku (foto) afirmou que os Mundurukus não estão pedindo favores, mas sim exigindo seus direitos constitucionais. Suas palavras refletem a determinação da tribo de continuar lutando pelo reconhecimento oficial e pela proteção de seu território.

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Garimpeiros

Os Mundurukus também encontraram garimpeiros ilegais durante sua jornada. Embora esses encontros tenham sido tensos, eles permaneceram pacíficos. A tribo muitas vezes demonstrou contenção e compromisso em evitar conflitos desnecessários enquanto defendia suas terras.

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Preservação cultural

Os esforços dos Mundurukus para marcar e proteger suas terras também são uma luta na busca de preservar sua cultura e modo de vida. Suas tradições estão intimamente ligadas à sua terra. Perder o território significaria perder uma parte crucial de sua identidade.

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Resiliência

Muitas pessoas ao redor do mundo podem realmente encontrar uma lição sobre a resiliência dos Mundurukus. Diante da negligência do governo e das ameaças externas, sua dedicação em proteger suas terras e cultura é um testemunho de força.

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Lutas históricas

A batalha atual dos Mundurukus faz parte de uma longa história de lutas indígenas no Brasil. Durante séculos, eles enfrentaram exploração e deslocamento, o que faz de sua luta por reconhecimento a continuação de uma resistência muito mais antiga.

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Desmatamento

A Amazônia está sob grave ameaça de desmatamento devido à exploração madeireira, agricultura e mineração. Essa destruição não apenas põe em risco a vida selvagem, mas também acelera as mudanças climáticas, liberando carbono na atmosfera. Os Mundurukus são um impedimento ativo para isso.

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Defesa ambiental

Ambientalistas argumentam que povos indígenas como os Mundurukus são os melhores guardiões da Amazônia. Seus conhecimentos, práticas e conexão com a terra são essenciais para preservar a floresta tropical.

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Futuro da Amazônia

O futuro da floresta amazônica está intimamente ligado ao destino de seus povos indígenas. Proteger a terra dos Mundurukus não é apenas sobre seus direitos, mas também sobre garantir a sobrevivência de um dos ecossistemas mais vitais do mundo.

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Centro da biodiversidade

A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, abrigando cerca de 10% de todas as espécies conhecidas, incluindo inúmeras plantas, animais e insetos, muitos dos quais não são encontrados em nenhum outro lugar da Terra.

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Pulmões da Terra

Muitas vezes referida como o "pulmão do mundo", a Amazônia produz cerca de 20% do oxigênio do planeta, embora isso seja uma simplificação excessiva de seu papel complexo nos ciclos globais de oxigênio e carbono. A floresta tropical é a base de muitos climas ao redor do planeta.

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Chamado à ação

A história dos Mundurukus é um chamado à ação para o governo brasileiro e a comunidade global. É urgente a necessidade de proteger as terras indígenas e, por extensão, a floresta amazônica, para o bem do futuro do planeta.

Fonte: (Reuters)

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Brasil Floresta amazônica Há 2 Horas POR Notícias Ao Minuto Brasil


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Uma dessas tribos, conhecida como Munduruku, resolveu o problema com as próprias mãos. Os indígenas percorreram seu território e demarcaram a área por conta própria. Mas será que este é o fim das disputas? Ou eles ainda enfrentam ameaças externas? Clique na galeria a seguir para ver o que aconteceu.

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