A reversão do declínio populacional do Japão

Uma nação desesperada para aumentar seu número de habitantes

A reversão do declínio populacional do Japão

Todos os anos, o Japão se depara com notícias alarmantes sobre a diminuição de sua população, uma questão que se torna cada vez mais preocupante. Em 2023, o número de nascimentos decaiu no Japão pelo oitavo ano consecutivo e de forma severa, com uma queda de 5,1% em relação ao ano anterior, enquanto o número de mortes foi o dobro do número de nascimentos. O governo japonês tem explorado diversas abordagens, que vão desde incentivos financeiros e reformas sociais até o uso de tecnologia para estimular o crescimento populacional. Mas o que exatamente tem sido feito para enfrentar esse rápido declínio?

Clique nesta galeria para descobrir as causas desse problema e as estratégias que o Japão está implementando para lidar com essa questão crítica. 

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Diminuição da população

A última vez que a população do Japão atingiu o pico foi em 2008, quando era de 128 milhões. Em 2024, esse número caiu para 125 milhões. Embora isso possa não parecer uma grande diferença, a projeção é de que a população do país diminua para menos da metade até o ano 2100.

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Taxa de fertilidade

De acordo com especialistas, a taxa de fertilidade de um país (o número total de nascimentos que uma mulher tem durante sua vida) precisa ser de pelo menos 2,1 para que a população permaneça estável. No Japão, essa taxa está abaixo de 2,1 há meio século e atualmente está em 1,3.

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Taxa de natalidade

A taxa de natalidade do Japão também diminuiu de 9,5 nascimentos por 1.000 pessoas em 2000 para 6,6 nascimentos em 2024. O declínio da população e da taxa de natalidade (juntamente com a longa expectativa de vida do país) levou ao envelhecimento da população.

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Questão global

Muitas outras nações do leste asiático estão enfrentando problemas semelhantes, enquanto países europeus, como Espanha e Itália, estão seguindo o mesmo caminho.

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Alto custo

Há vários motivos pelos quais a população do Japão está diminuindo tão rapidamente. O primeiro é que é extremamente caro ter e criar filhos, especialmente para famílias de baixa renda.

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Tradição

Outro motivo é que os estilos de vida estão mudando. No passado, uma família tradicional era formada por um homem e uma mulher que se casavam antes dos 30 anos de idade e tinham filhos, sendo que a esposa criava os filhos e o marido trazia a renda. Esse padrão mudou drasticamente ao longo dos anos.

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Casamento

O número de casamentos por 1.000 pessoas no Japão diminuiu de 10 em 1970 para 4,1 em 2022, já que as pessoas têm buscado lentamente suas próprias aspirações em vez de se aterem à tradição.

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Divórcio

Embora outras taxas tenham diminuído, as taxas de divórcio no Japão, na verdade, aumentaram nos últimos anos. Atualmente, cerca de 35,42% dos casamentos terminam em divórcio.

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Patriarcado

Muitas mulheres no Japão estão ativamente evitando o casamento devido às concepções altamente patriarcais do país. Muitas vezes, espera-se que as mulheres assumam sozinhas o papel de cuidadoras, algo que elas não necessariamente concordam.

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Economia

Muitos setores da economia japonesa já começaram a perceber os efeitos negativos do despovoamento. Vários setores e profissões enfrentaram escassez de mão de obra que só piorará com o tempo.

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Solidão

Os governos de todo o mundo têm se conscientizado cada vez mais de que a conexão social é um elemento essencial da saúde pública e têm encontrado maneiras de combater a “epidemia de solidão” do planeta.

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O colapso da sociedade

Os relacionamentos românticos são importantes não apenas para a saúde dos indivíduos, mas também para garantir que a sociedade não entre em colapso. Sem procriação, as taxas de gravidez e natalidade diminuiriam rapidamente e a sociedade poderia estar em perigo.

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Racismo

Os residentes estrangeiros há muito se queixam de xenofobia, racismo e discriminação dentro das fronteiras do Japão. Historicamente, o país tem sido conservador em relação aos imigrantes, mas essa perspectiva afeta negativamente a população e requer mudanças ativas.

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Imigração

Nos Estados Unidos, a imigração tem sido usada com frequência como uma forma de aumentar a população devido às baixas taxas de fertilidade, mas as nações do Leste Asiático têm se esquivado disso. Então, como eles estão lidando com o problema?

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O governo japonês entra em cena

O governo japonês tomou uma iniciativa importante para solucionar a crise de despovoamento: inserir-se ativamente no mercado de namoro. Em vez de confiar que os cidadãos se povoem por conta própria, o governo passou a intervir na vida amorosa de seus civis.

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Desespero

Nos últimos anos, várias nações do Leste Asiático forneceram subsídios aos pais e até mesmo aumentos salariais para os trabalhadores mais jovens, tudo em uma tentativa desesperada de reverter a queda nas taxas de natalidade.

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Pagamento

Algumas cidades do Japão estão oferecendo subsídios de moradia para casais, enquanto outras estão chegando ao ponto de pagar para que os casais tenham filhos.

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Centros de apoio

A Agência de Crianças e Famílias do governo japonês criou até mesmo centros de apoio ao casamento em todo o país, que oferecem serviços como treinadores de namoro e encontros presenciais.

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Aplicativos de relacionamento

O problema que muitos usuários da Internet têm encontrado é que os aplicativos de namoro têm se tornado cada vez mais restritivos. Essas empresas estão cientes de que, quanto mais bem-sucedido for um aplicativo de namoro para um usuário, pior será para os resultados financeiros da empresa.

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Restrições intencionais

Como resultado, as empresas que possuem aplicativos de namoro geralmente restringem deliberadamente o aplicativo e tornam quase impossível que as pessoas encontrem o amor. Afinal de contas, se o aplicativo fosse bem-sucedido, eles perderiam dois clientes.

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Altos custos

Para ganhar mais dinheiro, muitos aplicativos de namoro integraram sistemas de níveis às suas plataformas que aumentam o custo, com opções mais caras que oferecem mais recursos. O Tinder, em particular, lançou um nível super exclusivo chamado “Tinder Select” com um preço de US$ 500 por mês (R$ 2.580,00, segundo conversão em 04 agosto 2024).

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Iniciativa do governo

O Japão (e até mesmo a Austrália) já experimentou alternativas subsidiadas pelo governo para aplicativos de namoro tradicionais e comerciais.

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Novo aplicativo

Em Tóquio, o governo municipal pretende lançar seu próprio aplicativo de namoro, que faz parte de uma campanha chamada Tokyo Futari Story (futari significa “casal”). O aplicativo ainda não foi lançado.

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Uma combinação melhor

Especialistas argumentam que os aplicativos estatais de encontros são mais adequados para ajudar os usuários a encontrar parceiros, pois não se baseiam no lucro da mesma forma que outros aplicativos do mercado.

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Adaptação dos ambientes profissionais

O governo japonês chegou a considerar a possibilidade de reformar e melhorar os ambientes de trabalho na esperança de reduzir o ônus da criação dos filhos. O plano custaria aproximadamente US$ 20 bilhões (JP¥3 trilhões) por ano.

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Desafio persistente

Independentemente da intervenção que o governo japonês implementou, especialistas dizem que a população do país continuará a diminuir por décadas. Mesmo que as mulheres comecem a ter mais filhos, a população continuará diminuindo porque o número de mulheres em idade fértil é muito pequeno.

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Inspirando-se no Japão

Outros países, inclusive os EUA, estão seguindo os passos do Japão, tentando intervir ativamente na vida amorosa de seus cidadãos, tudo na esperança de garantir o futuro de suas nações.

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Iniciativa norte-americana

Washington, D.C. também está tentando criar um aplicativo de namoro próprio para subverter as restrições observadas nas plataformas com fins lucrativos. De fato, um engenheiro do Departamento de Saúde e Serviços Humanos espera criar o próximo OkCupid.

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Uma nação mais pobre

Décadas no futuro, o Japão provavelmente será um país um pouco mais pobre e um pouco menos generoso, e isso só poderá piorar se a intervenção não for bem-sucedida. Mas uma coisa é certa: o país não estará completamente vazio.

Fontes: (East Asia Forum) (DW) (CNN) (Business Insider) (World Bank Open Data) (O Globo)

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Lifestyle Taxa de natalidade Há 5 Horas POR Notícias Ao Minuto Brasil


Todos os anos, o Japão se depara com notícias alarmantes sobre a diminuição de sua população, uma questão que se torna cada vez mais preocupante. Em 2023, o número de nascimentos decaiu no Japão pelo oitavo ano consecutivo e de forma severa, com uma queda de 5,1% em relação ao ano anterior, enquanto o número de mortes foi o dobro do número de nascimentos. O governo japonês tem explorado diversas abordagens, que vão desde incentivos financeiros e reformas sociais até o uso de tecnologia para estimular o crescimento populacional. Mas o que exatamente tem sido feito para enfrentar esse rápido declínio?

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