42% dos brasileiros dizem que a vida foi muito afetada por queimadas e fumaça, mostra Datafolha

Numa escala de 0 a 10, em que 0 significa que não causou impacto e 10 que impactou muito, 42% dos entrevistados afirmaram que as queimadas e a fumaça afetaram a vida, de modo geral, no maior nível possível, entre 9 e 10

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Brasil DATAFOLHA-PESQUISA 21/10/24 POR Folhapress

(FOLHAPRESS) - Dois meses após as queimadas se espalharem por parte do país, 42% dos brasileiros consideram que tiveram a vida muito afetada pela fumaça dos incêndios florestais, aponta pesquisa Datafolha.

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Numa escala de 0 a 10, em que 0 significa que não causou impacto e 10 que impactou muito, 42% dos entrevistados afirmaram que as queimadas e a fumaça afetaram a vida, de modo geral, no maior nível possível, entre 9 e 10.

Outros 25% dizem ter sido afetados num nível entre 7 e 8, 18% se consideraram afetados entre 4 e 6, e 14% foram nada ou pouco afetados (de 0 a 3) pela crise. Um por cento não soube responder.

Os resultados fazem parte de pesquisa Datafolha realizada nos dias 7 e 8 de outubro. Foram ouvidas 2.029 pessoas com 16 anos ou mais em 113 municípios de todas as regiões do país.

A margem de erro é de dois pontos, para mais ou menos, dentro do nível de confiança de 95%.

O percentual dos que apontam grande impacto é maior no Centro-Oeste e no Norte (57%). Em segundo lugar, aparece o Sudeste, com índice de 42%, seguido por Nordeste (37%) e Sul (36%).

A pesquisa também perguntou se a saúde dos entrevistados foi afetada pelas queimadas e pela fumaça.

Para 34% houve muito impacto (de 9 a 10 na escala), enquanto 19% relatam pouca ou nenhuma alteração (de 0 a 3).

O problema também é relatado em maior medida pela população de Centro-Oeste/Norte, onde 43% afirmam ter tido muito impacto. No Sudeste, o índice é de 35%, pouco maior que no Nordeste (33%). Já no Sul, 23% apontaram grande desconforto na saúde.

Em setembro, pesquisa Datafolha mostrou que pelo menos 40% da população de Belo Horizonte e São Paulo disseram ter tido a saúde muito afetada por queimadas.

A nova pesquisa é realizada no momento em que o Brasil vive a pior estiagem em 75 anos, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), e após dois meses em que a fumaça começou a se espalhar por boa parte do país.

Agosto teve mais de 68 mil focos de incêndio em todo o país, enquanto setembro ultrapassou 83 mil, segundo dados do sistema BD Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Os estados que mais queimaram nos primeiros nove meses de 2024 foram Mato Grosso (55 mil km²), Pará (46 mil km²) e Tocantins (26 mil km²).

No acumulado do ano, uma área comparável ao estado de Roraima foi queimada no Brasil.

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