Agentes do Irã montaram complô para matar Trump

Há dois detidos que aguardam julgamento nos Estados Unidos por um suposto plano para matar Donald Trump, eleito esta semana como 47.º presidente do país. Há um outro homem acusado, que se acredita estar no Irã - e que teria falado com as autoridades.

© Travis Dove/Bloomberg via Getty Images

Mundo Donald Trump 09/11/24 POR Notícias ao Minuto Brasil

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou que foram feitas acusações federais contra três pessoas em um plano para tentar matar Donald Trump antes das eleições presidenciais.

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De acordo com documentos acessados pela imprensa norte-americana, dois desses homens, Carlisle Rivera e Jonathon Loadholt, estão detidos nos Estados Unidos, e acredita-se que o terceiro, Farhad Shakeri, está em Teerã.

Segundo o departamento, os homens detidos aguardam julgamento.

O FBI descreveu Shakeri como um "ativo" do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã, e acredita-se que sua missão era vingar a morte de Qassem Soleimani, comandante iraniano morto em 2020 em um ataque em Bagdá, no Iraque, enquanto Trump ainda era presidente dos EUA. O ataque que matou Soleimani foi realizado por forças norte-americanas.

Shakeri teria sido "contratado" pelas forças iranianas para realizar outros ataques contra cidadãos norte-americanos e israelenses nos Estados Unidos, mas depois foi instruído a focar apenas em um ataque a Trump.

Shakeri informou aos agentes que havia sido incumbido de apresentar um plano para matar Trump um mês antes das eleições. Durante o interrogatório, Shakeri teria dito que não planejava propor um plano dentro do prazo estabelecido pelo Corpo de Guardas da Revolução Islâmica.

"Poucos representam uma ameaça tão grave à segurança nacional dos Estados Unidos quanto o Irã. O Departamento de Justiça acusou um ativo do regime iraniano, encarregado de liderar uma rede de associados criminosos para promover os planos de assassinato do Irã contra seus alvos, incluindo o presidente eleito Donald J. Trump", declarou o Procurador-Geral, Merrick Garland, em comunicado divulgado nesta sexta-feira.

Os outros dois indivíduos acusados, Carlisle Rivera e Jonathon Loadholt, cidadãos americanos, foram detidos em Nova York e são acusados de ajudar o governo iraniano a vigiar outro cidadão americano de origem iraniana.

Segundo o Departamento de Justiça, Shakeri emigrou para os Estados Unidos, mas foi deportado em 2008, após cumprir pena por roubo. Foi na prisão que conheceu Rivera e Loadholt e os contratou para atacar um ativista iraniano que vivia no Brooklyn.

O republicano Donald Trump foi eleito o 47.º presidente dos Estados Unidos, superando os 270 votos necessários no colégio eleitoral, enquanto o apuramento dos resultados ainda está em andamento.

Trump também lidera a adversária democrata no voto popular, com 50,7% contra 47,7% de Kamala Harris.

Os últimos meses foram marcados por pelo menos outras duas tentativas de assassinato, às quais Donald Trump reagiu dizendo que "nunca se renderá".

Leia Também: Carro explode no Queens, em Nova York; veja o vídeo

 

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