PF indicia Pablo Marçal por laudo falso contra Guilherme Boulos

laudo ilegítimo foi mostrado por Marçal em seus perfis nas redes sociais, dois dias antes do primeiro turno, e dizia que seu oponente recebeu atendimento por uso de drogas ilícitas.

© Divulgação

Política Pablo Marçal 09/11/24 POR Notícias ao Minuto Brasil

A Polícia Federal indiciou o candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB), por ter usado um documento falso com o objetivo de prejudicar um de seus adversários, o candidato Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições municipais deste ano. 

laudo ilegítimo foi mostrado por Marçal em seus perfis nas redes sociais, dois dias antes do primeiro turno, e dizia que seu oponente recebeu atendimento por uso de drogas ilícitas.

Essa não foi a primeira vez que Marçal atacou a imagem de Boulos. Em agosto, em debate realizado pela emissora de televisão Band, o influenciador digital também atacou o opositor ao associá-lo ao hábito de consumir entorpecentes, por meio de um gesto com as mãos, que simulava alguém cheirando cocaína.

Em nota, Pablo Marçal afirmou que a celeridade com que foi indiciado é algo calculado para prejudicar políticos e candidatos de direita. "É nítido como a velocidade do julgamento moral para aqueles que se identificam com a direita é significativamente mais rápido. Nunca testemunhei uma resposta tão célere em uma investigação como essa. O fato aconteceu no dia 4 de outubro e o indiciamento foi realizado em apenas 34 dias, um verdadeiro recorde", disse.

"Isso nos leva a crer que, em um tempo ainda menor, seremos declarados inocentes. Sigo acreditando na justiça, no Brasil e, acima de tudo, no nosso povo!", emendou.

Guilherme Boulos se pronunciou sobre o desdobramento do caso nas redes sociais. "[O indiciamento] é só a primeira resposta às fake news abjetas que contaminaram a disputa eleitoral deste ano na cidade de São Paulo".

"Espero que a Justiça atue com firmeza quanto ao uso criminoso da máquina pública por Ricardo Nunes e o crime eleitoral cometido pelo governador Tarcísio em plena votação do 2º turno", defendeu, referindo-se a uma outra investida, cometida por Tarcísio de Freitas, que declarou apoio a Nunes e disse, ao acompanhá-lo em campanha, que Boulos tem ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Tanto o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, como o advogado-geral da União, Jorge Messias, entenderam que a atitude do governador de São Paulo vai na contramão da cultura democrática.

"Tal comportamento não pode ser ignorado pelas autoridades competentes, principalmente no que tange à preservação da integridade das eleições", acrescentou Messias, em sua conta no X.

No primeiro turno, houve uma disputa acirrada entre Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal, que receberam, respectivamente, 29,48%, 29,07% e 28,14% dos votos válidos, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. 

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

Política Briga pela direita 09/11/24

'Só depois que eu estiver morto', diz Bolsonaro de Tarcísio e lideranças da direita para 2026

Política harmonização facial 09/11/24

Harmonização facial como a do prefeito Ricardo Nunes pode custar até R$ 30 mil, avaliam médicos

Política Tensão 08/11/24

Boulos critica Bolsonaro e diz que Tarcísio 'não será presidente'

Política Justiça 08/11/24

Golpistas do 8 de janeiro monitoravam segurança de Lula e planejavam raptar presidente

Política Justiça 08/11/24

Supremo já condenou 265 investigados pelo 8 de janeiro

Política Justiça 08/11/24

PF indicia Pablo Marçal por laudo falso contra Boulos na eleição

Política Justiça 08/11/24

STF tem maioria para rejeitar recurso de Collor e manter pena de prisão

Política Justiça 08/11/24

Caso Marielle: Moraes vota para manter prisão de Domingos Brazão

Política JUSTIÇA-STJ 09/11/24

Suspeitos em casos de venda de decisões judiciais advogam em mais de 200 ações no STJ

Política Pablo Marçal 09/11/24

PF indicia Pablo Marçal por laudo falso contra Guilherme Boulos