CCJ da Câmara põe para votar PEC que pode acabar com aborto legal no País

A PEC foi protocolada em 2012 e é de autoria do então deputado federal Eduardo Cunha (Republicanos-RJ), cassado em 2016

© Adriano Machado/Reuters

Política Mulheres 11/11/24 POR Estadao Conteudo

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados incluir na pauta de votação desta terça-feira, 12, um projeto de emenda à Constituição (PEC) contra o aborto. A PEC, protocolada em 2012 e de autoria do então deputado federal Eduardo Cunha (Republicanos-RJ), cassado em 2016, garante a inviolabilidade do direito à vida "desde a concepção". "A vida não se inicia com o nascimento e sim com a concepção", justificou Cunha à época.

PUB

 

Na prática, se esse texto for aprovado pelo Congresso Nacional, seriam abolidas as autorização, hoje previstas em lei, para interrupção da gestação. Atualmente, a gravidez pode ser interrompida se houver risco à vida da mulher, se o feto tiver anencefalia ou se a mulher for vítima de estupro.

A deputada Chris Tonietto (PL-RJ), apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e uma das maiores ativistas antiaborto do Congresso, é a relatora da PEC de Cunha e já redigiu votar a favor da proposição.

O governo ainda pode impedir a votação na terça-feira. Isso porque os deputados têm direito de pedir vistas, alegando que precisam de mais tempo para análise. O pedido de vistas adia a votação por duas sessões.

Esse tema já tinha entrado na pauta do Legislativo federal neste ano, quando bolsonaristas promoveram um projeto de lei que equiparava o aborto feito após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, estabelecendo penas de seis a 20 anos de prisão para a mulher que realizasse tal procedimento. A Câmara acelerou a tramitação desse projeto de lei no plenário em uma votação que durou cinco segundos.

Após fortes críticas de movimentos populares e de organizações da sociedade civil, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu, em junho, criar uma comissão representativa para discutir o projeto e afirmou que essa proposição ficaria para o segundo semestre do ano. Até então, essa comissão não teve nenhum avanço.

A CCJ da Câmara é presidida neste ano pela bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC), que usa o colegiado para promover pautas do grupo. Ao longo deste ano ela votou matérias contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e aprovou o pacote anti-Supremo Tribunal Federal (STF), que envolve uma série de proposições que visam limitar os poderes da Corte.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Justiça Há 23 Horas

Ex-bailarina do Faustão tem habeas corpus negado e vai passar o fim de ano na prisão

fama Luto Há 2 Horas

Morre ator Ney Latorraca, aos 80 anos

fama Saúde Há 21 Horas

Filho de Faustão fala sobre a saúde do pai após transplantes

fama Natal Há 22 Horas

Ludmilla e Brunna distribuem cestas básicas em Duque de Caxias

fama Celebridades Há 12 Horas

Por que esses famosos não comemoram o Natal?

mundo Cazaquistão Há 2 Horas

Nevoeiro, aves, míssil russo… O que se sabe sobre a queda de avião?

tech Brasil Há 13 Horas

Aplicativo sobre de prevenção de desastres já tem 2 mil downloads

fama Festas Há 3 Horas

Filho de Leonardo, João Guilherme dispensa Natal do pai e passa com Xuxa

mundo Avião Há 3 Horas

Corpo é encontrado no trem de pouso de avião no Havai

fama Bebê Há 4 Horas

Neymar será pai pela quarta vez e terá segunda filha com Bruna Biancardi