Promotoria da França pede cinco anos de prisão e de inelegibilidade contra Le Pen

A líder do Reunião Nacional (RN), o próprio partido e outras 24 pessoas são acusados de desviar recursos do Parlamento Europeu para pagar funcionários na França que trabalhavam para a legenda -que na época se chamava Frente Nacional.

© LUDOVIC MARIN/AFP via Getty Images

Mundo Le Pen 16/11/24 POR Folhapress

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - A Promotoria francesa pediu nesta quarta-feira (13) cinco anos de prisão e cinco de inelegibilidade para a ultradireitista e ex-candidata à presidente, Marine Le Pen.

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A líder do Reunião Nacional (RN), o próprio partido e outras 24 pessoas são acusados de desviar recursos do Parlamento Europeu para pagar funcionários na França que trabalhavam para a legenda -que na época se chamava Frente Nacional.

O julgamento, quase uma década após o início das investigações, ameaça minar os esforços da RN para melhorar sua imagem diante da população antes das eleições presidenciais de 2027.

O partido reagiu à ação da Promotoria ao divulgar uma petição no X em que denuncia "uma tentativa de eliminar a voz da verdadeira oposição" e de "ignorar o processo democrático".

O Ministério Público solicitou a execução provisória da pena, ou seja, a sua aplicação desde o momento da condenação, mesmo que Le Pen recorra."Constato que a acusação está sendo extremamente ultrajante em suas exigências, particularmente com o pedido de execução provisória, que quer impor a todos os processados", disse Le Pen aos repórteres ao sair do tribunal.

Se o tribunal a considerar culpada das acusações com a execução provisória, Le Pen não poderá concorrer em eleições, mesmo que recorra da sentença. A Promotoria também pediu multa de € 300 mil (R$ 1,8 milhão) contra a ultradireitista.

"Não estou surpreso com o pedido de execução provisória da acusação. Há uma consistência nas exigências da acusação", disse Patrick Maisonneuve, advogado do Parlamento Europeu.

Além da extrema-direita, o pedido da Promotoria também foi criticado pelo ex-ministro do Interior do presidente Emmanuel Macron, Gérald Darmanin, que considerou que o tribunal não pode condenar Le Pen "eleitoralmente".

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