© Divulgação Polícia Civil
A Polícia Civil prendeu nesta quinta (14), um homem de 36 anos em Jundiaí, no interior de São Paulo, suspeito de ameaçar explodir o Congresso Nacional e praticar crimes de ódio, incluindo manifestações racistas, homofóbicas e extremistas contra autoridades. A prisão fez parte de uma operação que também cumpriu dois mandados de busca e apreensão na cidade.
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As investigações começaram após uma denúncia envolvendo uma deputada estadual do Rio Grande do Sul, que teria recebido ameaças de morte. O suspeito utilizava e-mails anônimos para enviar mensagens intimidatórias, prática registrada desde 2022. Em um dos e-mails enviados a gabinetes de ministros federais, ele teria exigido R$ 450 mil para não realizar atentados, afirmando: “Se vocês não quiserem recolher pedaços de pessoas durante um mês, eu exijo a transferência de R$ 450.000,00 para a conta abaixo."
Durante a operação, foram apreendidos dois computadores, dois tablets, dois celulares, pen drives e outros materiais que agora passam por análise. Uma perícia inicial revelou evidências que confirmam os crimes investigados.
A polícia também apura se o suspeito tem ligação com o recente atentado frustrado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde um homem morreu ao tentar detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Desde os atos golpistas de 8 de janeiro, o STF já registrou mais de mil ameaças.
Os investigadores suspeitam que o preso possa fazer parte de um grupo que opera na "deep web", utilizando a rede para realizar crimes semelhantes em diferentes estados do país. A região de Jundiaí também foi alvo de investigações devido à recorrência de mensagens ameaçadoras enviadas a autoridades e órgãos públicos.
A operação contou com a colaboração da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí e do Grupo de Operações Especiais (GOE) de Campinas. Enquanto o homem foi preso em flagrante e encaminhado ao Centro de Triagem, um segundo suspeito, também alvo da ação, não foi localizado. As investigações continuam para identificar possíveis cúmplices e aprofundar o alcance das atividades criminosas.
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