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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O chefe de relações com a imprensa do Hezbollah foi morto em um ataque israelense em Ras al-Nabaa, no centro de Beirute, no Líbano, neste domingo (17), aumentando as tensões na região.
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O ataque ocorreu em Ras al-Nabaa, na área central da capital libanesa, próxima a locais cristãos. Isso é considerado incomum para operações israelenses, geralmente realizadas nos subúrbios ao sul, segundo a Al Jazeera.
Mohammad Afif era uma figura-chave no Hezbollah, responsável por sua comunicação estratégica. Ele era conhecido por coordenar a mídia do grupo, além de ser conselheiro de Hassan Nasrallah, o falecido secretário-geral do grupo. A Al Jazeera destacou que Afif era essencial para disseminar mensagens do Hezbollah, além de organizar visitas de jornalistas.
A morte de Afif é vista como uma escalada na ofensiva israelense. Israel tem adotado uma estratégia de eliminar líderes do Hezbollah não apenas do setor militar, mas também do administrativo, enfraquecendo o grupo em várias frentes.
Ataques israelenses em Beirute têm se intensificado. O ataque em Ras al-Nabaa não foi o único. Outros alvos incluíram edifícios residenciais e locais próximos a instituições religiosas. O Líbano condenou as ações como violações do direito internacional.
A ofensiva reflete as tensões crescentes entre Israel e Hezbollah. A morte de Afif ocorre em meio à escalada de ataques e retaliações desde outubro de 2023, quando conflitos se intensificaram na Faixa de Gaza e ao longo da fronteira norte de Israel.
Líderes do Hezbollah consideram a ação um golpe à sua estrutura. O grupo afirmou que continuará retaliando as ofensivas israelenses, destacando que o assassinato de figuras importantes não intimidará suas operações.