Senadores cogitam abrir mão de discursos para acelerar votação

Estão inscritos para discursar oito senadores do partido. Se todos eles deixarem de falar, a economia poderia ser de até duas horas

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Política PMDB 11/05/16 POR Folhapress

Diante da expectativa de que a votação da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff acabe apenas na madrugada de quinta-feira (12), senadores do PMDB cogitam abrir mão ou encurtar seus discursos para acelerar a conclusão da sessão no Senado.

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Estão inscritos para discursar oito senadores do PMDB. Se todos eles deixarem de falar, a economia poderia ser de até duas horas, considerando que cada um tem 15 minutos para apresentar seus argumentos e anunciar o seu voto.

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) já discursou durante a manhã. Ela usou todo o tempo disponível e afirmou não ter dúvidas de que há indícios suficientes para que Dilma seja afastada do cargo.

"Estou convencida do crime de responsabilidade cometido pela presidente da República. A gravíssima situação brasileira pede ações refletidas, porém rápidas. Temos que recuperar e criar empregos, investir em tecnologia e educação de qualidade", disse.

A pressão é feita principalmente pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer e cotado para assumir o ministério do Planejamento caso o Senado confirme o afastamento de Dilma. O resultado tornará Temer presidente da República por, pelo menos, 180 dias.

O temor do grupo de aliados do vice é que a sessão seja interrompida e retomada apenas nesta quinta, o que pode levar ao adiamento da saída de Dilma. Nesse cenário, Temer assumiria o cargo na sexta (13) ou na próxima semana.

Antes do início dos discursos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a afirmar aos senadores que aceitaria um requerimento de encerramento das discussões para iniciar a votação, caso a sessão estivesse se alongando muito.

Com o atraso de uma hora -agendada para 9h, a sessão foi aberta somente às 10h- e as questões de ordem feitas por aliados da presidente Dilma Rousseff, os discursos só se iniciaram após 11h20.

A reclamação foi imediata. Paulo Paim (PT-RS), um dos últimos a falar pela lista de inscrição, disse que não aceita abrir mão da palavra nesse dia histórico.Apenas 5 dos 68 senadores inscritos para falar haviam subido a tribuna para defender seus pontos de vista antes da pausa para o almoço, às 12h30. Caso todos os restantes usem o direito à palavra, a expectativa é que a votação se inicie somente após 2h da manhã de quinta. Com informações da Folhapress.

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