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O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli autorizou nesta quarta-feira (11) que fosse aberto um novo inquérito contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha. De acordo com informações do G1, o motivo é a suspeita de irregularidades em Furnas. O ministro autorizou que fossem feitas investigações em um prazo de 90 dias.
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi o autor do pedido, alegando que o objetivo é investigar uma grande organização criminosa, da qual Cunha seria o líder. "Pode-se afirmar que a investigação cuja instauração ora se requer tem como objetivo preponderante obter provas relacionadas a uma das células que integra uma grande organização criminosa - especificamente no que toca a possíveis ilícitos praticados no âmbito da empresa Furnas. Essa célula tem como um dos seus líderes o Presidente da Câmara dos Deputado, Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro", disse o procurador-geral.
Cunha é suspeito de ter cometido corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A delação de Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que foi cassado nesta terça-feira (10), é uma das evidencias usadas para embasar o pedido. Delcídio relata que Cunha se relacionava com dirigentes de Furnas e, ainda, que trabalhava para beneficiar o doleiro Lúcio Funaro.
Janot afirma que há "fortes indícios" de que Cunha atuou para que a legislação fosse mudada para beneficiar o doleiro. O G1 destaca que Cunha já é réu em ação penal e está envolvido em mais quatro inquéritos da Lava Jato.