© Shutterstock
Em 2019, durante uma sessão solene na Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro expressou sua frustração por não ter sido aprovado no curso de comandos das Forças Armadas. O evento, realizado em 15 de junho em homenagem ao Comando de Operações Especiais (Copesp), foi marcado por declarações do então presidente sobre os desafios de sua carreira militar. Bolsonaro relatou ter falhado em duas tentativas nos exames preparatórios, mencionando que não foi excluído por limitações físicas, mas por outros critérios. "Tentei por duas vezes fazer o curso de comandos, mas nos exames preparatórios, que não foram os físicos, fui deixado para trás", revelou.
PUB
O curso de comandos é associado aos "kids pretos", conhecidos popularmente como "caveiras", a elite do Exército Brasileiro. O apelido se refere ao gorro preto usado durante missões, e o grupo é reconhecido por sua excelência em infiltração, resistência à tortura e operações de guerra irregular. Vinculado ao Copesp, os "caveiras" seguem o lema: "qualquer missão, em qualquer lugar, a qualquer hora e de qualquer maneira". Durante o discurso, Bolsonaro destacou o respeito e admiração que tem pelo grupo e a importância de sua atuação estratégica.
Bolsonaro também exaltou o papel do Copesp na defesa nacional. Segundo ele, além de executar missões de alta complexidade, a unidade tem um papel dissuasório crucial. "Melhor do que uma boa operação é ter meios pela dissuasão de que o inimigo não ouse nos afrontar", afirmou, enfatizando a capacidade do grupo de proteger o Brasil contra ameaças.
Curiosamente, os membros do Copesp, que Bolsonaro elogiou em 2019, estariam sob investigação em 2022 por suposto envolvimento em uma tentativa de golpe. O fato adiciona uma camada de complexidade ao reconhecimento que o ex-presidente expressou pela unidade, que ele descreveu como essencial para a segurança do país.
Leia Também: Moraes retira sigilo de relatório sobre golpe e envia inquérito para PGR