Indicados de Trump para governo são alvos de ameaças de bomba, diz FBI

Ameaças em série foram feitas na noite de terça-feira (26) e na manhã desta quarta, e as autoridades agem para garantir a segurança dos envolvidos, segundo comunicado divulgado por Karoline Leavitt, a porta-voz do líder republicano.

© <p>Getty Images</p>

Mundo TRUMP-GOVERNO Há 4 Horas POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Várias pessoas escolhidas para integrar o governo de Donald Trump receberam ameaças de bomba e outras tentativas de intimidação nas últimas horas, disse nesta quarta-feira (27) uma porta-voz do presidente eleito dos Estados Unidos. O FBI, a polícia federal americana, confirmou os crimes.

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Ameaças em série foram feitas na noite de terça-feira (26) e na manhã desta quarta, e as autoridades agem para garantir a segurança dos envolvidos, segundo comunicado divulgado por Karoline Leavitt, a porta-voz do líder republicano.

Entre os alvos está Elise Stefanik, escolhida para ser a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas. Ela disse que criminosos ameaçaram colocar bombas na casa de sua família e que as autoridades investigavam a origem das informações. "A polícia do estado de Nova York e a polícia do Capitólio dos EUA responderam imediatamente [às ameaças] e com o mais alto nível de profissionalismo", disse ela.

Policiais do condado de Okaloosa, na Flórida, por sua vez, foram notificados sobre ameaças de bomba "com referências à caixa de correio" de Matt Gaetz. O ex-congressista, apelidado de "o deputado mais trumpista de Washington", chegou a ser escolhido para liderar o Departamento de Justiça, mas desistiu devido a acusações de má conduta sexual e pressão feita inclusive por correligionários.

Lee Zeldin, escolhido por Trump para chefiar a Agência de Proteção Ambiental, também disse que ele e sua família foram alvos de ameaças. "Uma ameaça de bomba caseira foi enviada para nossa casa junto de uma mensagem pró-Palestina", escreveu ele na plataforma X. "Estamos seguros e trabalhando com a polícia para saber mais conforme a situação se desenvolve."

A porta-voz Leavitt não informou quem são as outras pessoas que receberam as ameaças, limitando-se a dizer que foram várias e que as autoridades assumiram as rédeas do caso. Além das bombas, ela disse que criminosos fizeram o chamado "swatting", em que os contraventores enganam policiais ou outros profissionais de atendimento de emergência para ir à casa de uma pessoa que desconhece a ação.

Ela disse que os atos foram "violentos e anti-americanos". "Com o presidente Trump como nosso exemplo, essas ações perigosas de intimidação e violência não nos deterão."

O FBI confirmou ameaças e disse que trabalha com outras agências para identificar os autores das mensagens. "Levamos todas as ameaças potenciais a sério e, como sempre, encorajamos os cidadãos a relatar imediatamente qualquer coisa que considerem suspeita às autoridades policiais", disse em nota.

Procurado pela agência de notícias Reuters, o Departamento de Justiça não se manifestou. Eleito novamente presidente, Trump vem anunciando suas escolhas para o novo gabinete e outros cargos de alto escalão -o republicano tomará posse em 20 de janeiro. Ele tampouco comentou as ações.

As ameaças ocorrem meses depois que Trump foi ferido em uma tentativa de assassinato, ocorrida em julho, na Pensilvânia. Meses depois, em outro incidente, um homem foi preso depois de se posicionar com um fuzil do lado de fora de um dos campos de golfe do líder republicano na Flórida.

Também nesta quarta, Trump anunciou outro nome para sua equipe. O general aposentado Keith Kellogg foi escolhido oara servir como enviado especial para a Ucrânia e Rússia, países que estão em guerra desde 2022.Kellogg, que foi chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump e conselheiro de segurança nacional do então vice-presidente, Mike Pence, provavelmente desempenhará um papel central na tentativa de encerrar o conflito.

Crítico de gastos americanos em conflitos que envolvem outros países, Trump disse que irá acabar com a Guerra da Ucrânia em apenas 24 horas, algo que implicaria em concessões à Rússia, segundo críticos.

 

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