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"Não ameacei ninguém. Sou contra qualquer tipo de violência, mas é preciso trabalhar com respeito", escreveu o técnico em suas redes sociais. Após o jogo no Mineirão, Renato Gaúcho disse que iria "deixar uns nomes" para os torcedores. "Aí eu quero ver como esses vão conviver aqui no ano que vem", declarou. "Vocês também têm família, andam por aí e o torcedor conhece alguns de vocês. Alguns de vocês vão começar a passar dificuldade também. Volto a repetir: não tenho medo de ninguém da imprensa."
Após as declarações do treinador, o Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS), com apoio da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), divulgou nota de repúdio. A entidade afirma que "NÃO ACEITA", em hipótese alguma, ameaças à integridade de jornalistas e suas famílias.
"Ameaças ao trabalho de jornalistas nos remetem a uma época ditatorial que lutamos para que não se repita (ainda mais numa época em que temos, nas telas do cinema, "Ainda Estou Aqui", relembrando o período lamentável na história brasileira)", afirma o SindJoRS.
Em sua rede social, Renato Gaúcho afirmou que tentaria que explicar o que eu quis dizer. "O que vemos cada vez mais no futebol é a total falta de respeito por parte, principalmente, de jornalistas identificados. O jogador tal é um lixo, não pode vestir a camisa desse ou daquele time. Esse jogador é uma m... Esse treinador tem de ser demitido. Entre muitas outras ofensas que são feitas todos os dias. Será que é fácil para os filhos dos jogadores, para as famílias dos jogadores, ouvir esse tipo de coisa? Como será que é a vida dos filhos dos jogadores, dirigentes, treinadores, quando esse tipo de coisa acontece? Ou será que do lado de cá ninguém tem família?", escreveu o técnico.
Renato Gaúcho ainda completou: "O que aconteceria se durante uma entrevista um profissional do futebol respondesse assim: 'Acho que seu chefe deveria mandar você embora. Sua pergunta é muito ruim'. 'Como a sua emissora tem coragem de ter você como profissional?' Como sua família se sentiria? Como seus filhos ficariam na escola? Foi isso que eu quis dizer".
Com o Grêmio flertando com a zona de rebaixamento, Renato afirmou após o jogo com o Crzueiro ser "bom demais", em condições de evitar uma possível queda para a Série B. "Eu sou muito bom. Sou bom demais. O que vocês fazem com os treinadores não dá, não. Eu mato no peito, não escuto, não leio. Se não, eu enlouqueço. Mas sei da minha capacidade", afirmou o técnico do time que ocupa o 14º lugar no Brasileiro, com 41 pontos, três acima da zona de rebaixamento. A primeira equipe dentro da zona de queda é o Criciúma, com 38, em 17º.
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