Nestlé recolhe lotes de produtos alimentares para bebês por alto nível de aflatoxina

A decisão foi tomada após a identificação de níveis de aflatoxina acima do permitido pela autoridades sanitárias. Essa substância, produzida por fungos do gênero Aspergillus, pode estar presente em alimentos como milho, nozes, amendoim e frutas secas.

© Pixabay

Brasil NESTLÉ-NEGÓCIOS 30/11/24 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Nestlé anunciou nesta sexta-feira (29) o recolhimento de alguns lotes de alimentos infantis. Trata-se do Meu Primeiro Lanchinho, da marca Mucilon, nos sabores morango e banana e laranja e banana. De acordo com a empresa, 20 lotes desses produtos tiveram sua comercialização e distribuição suspensas.

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A decisão foi tomada após a identificação de níveis de aflatoxina acima do permitido pela autoridades sanitárias. Essa substância, produzida por fungos do gênero Aspergillus, pode estar presente em alimentos como milho, nozes, amendoim e frutas secas.

O consumo prolongado e excessivo de aflatoxina representa riscos à saúde, especialmente ao fígado.

A Nestlé orientou os consumidores que tenham produtos dos lotes afetados a não os consumirem e a entrarem em contato com a empresa para efetuar a devolução e receber reembolso.

Ainda segundo a Nestlé, a quantidade de aflatoxina normalmente encontrada nos produtos da Muclilon está muito abaixo do nível necessário para causar efeitos imediatos ou intoxicações agudas.

"Para que ocorresse intoxicação aguda, seria necessário o consumo diário de 18 kg do produto (equivalente a 508 pacotes de 35 g) durante um período de 1 a 3 semanas", explicou a empresa em comunicado publicado em seu site.

A companhia também ressaltou que nenhum outro produto da linha Mucilon foi afetado pelo problema. Atualmente, o Brasil é o segundo maior mercado consumidor dessa marca.

Essa não é a primeira vez que a Nestlé enfrenta questionamentos relacionados a seus produtos para bebês. Em abril deste ano, a ONG Public Eye acusou a empresa de adotar um duplo padrão. A denúncia apontou que alimentos infantis comercializados em países da Ásia, África e América Latina continham açúcar adicionado, prática não adotada em produtos semelhantes vendidos na Europa.

Na Suíça, onde fica a sede da empresa, e em outros países europeus, como Alemanha, França e Reino Unido, os cereais e leites em pó voltados para crianças são fabricados sem adição de açúcar.

Leia Também: Expectativa de vida no Brasil chega a 76,4 anos e supera patamar pré-pandemia, diz IBGE

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