© DR
Logo após a divulgação do resultado da votação no Senado que aprovou a abertura do impeachment de Dilma Rousseff, senadores pró-afastamento da presidente afirmaram que o placar de 55 votos pelo impedimento demonstra o tamanho da base de apoio que o vice-presidente Michel Temer terá ao assumir o comando do país a partir desta quinta (12).
PUB
De acordo com o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE) o apoio a Temer pode chegar a 60 senadores nos próximos dias.
"O que esperávamos é que havia a necessidade era a maioria simples. Fato é que número ultrapassou os dois terços. É uma sinalização de que o presidente [Temer] terá essa base aqui", disse.
O presidente da sigla, Romero Jucá (RR), um dos principais articuladores do futuro governo Temer, disse que "o Senado entregou a mudança, agora todos têm que ajudar a fazer essa mudança".
O presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), afirmou que esta quinta não é "dia de comemoração". "É o respeito à nossa Constituição. Um presidente pode muito, mas não pode tudo. O Brasil agora tem a chance de reescrever a sua história", disse.
Já o líder do DEM na Casa, Ronaldo Caiado (GO), comemorou o placar de votos porque ele representa "exatamente o sentimento do Senado brasileiro". "Agora a população tem que cobrar de Temer para cortar na carne e mostrar que não podemos mais viver com o modelo político e democrático adotado pelo PT", disse.
Pela base governista de Dilma, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que o futuro governo Temer terá "um grave problema" porque assume o posto com "baixíssima taxa de aceitação". "Esse movimento que eles criaram de Fora Dilma, logo, logo virará Fora Temer", disse. Com informações do FolhaPress.