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EDUARDO SODRÉSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Aston Martin Valhalla é conhecido desde o início desta década. Definido como um "ultraluxuoso supercarro" pela marca inglesa, o esportivo híbrido passou por alguns anos de evolução para, enfim, chegar ao mercado.
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A potência subiu durante o processo de maturação e chegou a 1.079 cv. É o resultado da combinação do 4.0 V8 biturbo fornecido pela Mercedes-Benz com três motores elétricos -dois instalados na dianteira e um acoplado à transmissão.
Embora seja um híbrido plug-in, cujas baterias podem ser recarregadas na tomada, a eletricidade está a serviço do desempenho, não da eficiência energética.
Instalados junto às rodas, os motores dianteiros distribuem a energia de forma equilibrada para melhor controle do carro em pista, além de compensar o "lag" (atraso nas acelerações) comum às motorizações turbo. No jargão do mundo automotivo, é a vetorização do torque.
A combinação de fatores e vetores faz este Aston Martin partir do zero e chegar aos 100 km/h em 2,5 segundos A velocidade máxima é de 350 km/h.A suspensão ativa do Valhalla tem origem na Fórmula 1. Segundo a Aston Martin, a experiência adquirida na competição fez parte do desenvolvimento do novo supercarro. Até as partes em fibra de carbono da carroceria foram moldadas da mesma forma que a carenagem dos modelos pilotados por Fernando Alonso e Lance Stroll.
Trata-se de um carro desenvolvido para autódromos, mas que poderá ser emplacado. A UK Motors, representante da Aston Martin no Brasil, confirmou que há encomendas do carro no país, que deve receber seis unidades em 2025. O preço é estimado em R$ 15 milhões.
O cliente tem dezenas de cores à disposição -há 17 opções de verde e 18 de pretos e cinzas, entre outros tons. Se o comprador preferir, pode deixar a carroceria sem acabamento, ostentando a fibra de carbono.
Há ainda centenas de combinações possíveis para o interior, sendo possível escolher até como será o tingimento das costuras do cinto de segurança.A complexidade do catálogo torna-se até simples diante das peculiaridades do superesportivo que antecedeu o Valhalla.
Chamado Valkyrie, era praticamente um F-1 adaptado para as ruas, o que implicava em manutenções que custavam mais que um SUV médio. A primeira revisão, por exemplo, saía pelo equivalente a R$ 180 mil.
Não que o novo modelo tenha custos de carro popular, mas a Aston Martin pretende entregar algo que seja mais usável. Tanto é que há 999 unidades previstas para o Valhalla, enquanto o Valkyrie nem sequer chegou a 300.
Mas a existência de um está ligada ao outro. Na mitologia nórdica, as Valquírias servem a Odin e levam as almas dos soldados que morrem como heróis até o salão dos mortos, que se chama Valhalla. Esses guerreiros se transformam nos Einherjar, que pode ser o nome de um futuro Aston Martin.
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