© Corpo de Bombeiros
YURI EIRASRIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que 41 corpos deram entrada no Instituto Médico Legal após o acidente envolvendo um ônibus, um caminhão e uma carreta na BR-116, no sábado (21), em Teófilo Otoni, interior de Minas Gerais.
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No sábado, o Corpo de Bombeiros, com auxílio da lista de passageiros da empresa Emtram (Empresa de Transportes Macaubense), havia confirmado 38 mortes, mas o número de corpos que chegaram ao IML foi de 41.
Segundo a Emtram, o veículo que ia de São Paulo a Jequié, na Bahia, tinha 39 ocupantes.
Passaram por processo de identificação 12 corpos, e outros dois estão em processo de liberação para as famílias, segundo a Polícia Civil.
Os demais corpos estão em estado avançado de carbonização. A Polícia Civil criou uma força-tarefa para colher material genético dos famílias e acelerar o processo de identificação.
A principal linha de investigação é de que o acidente tenha sido causado pela queda de uma placa de granito que era transportada pela carreta, segundo a Polícia Civil. O bloco teria atingido o ônibus, que trafegava no sentido oposto ao caminhão. Com o acidente, o ônibus pegou fogo.
O motorista da carreta, do tipo bitrem, é considerado foragido pela Polícia Militar.
Os radares do trecho da BR-116 em que ocorreu o acidente estão desativados há alguns meses. De acordo com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura), o contrato do serviço de controle de velocidade se encerrou.
"A autarquia esclarece que já houve a contratação de nova empresa para a instalação e operação dos medidores eletrônicos de velocidade no estado de Minas Gerais. No entanto, antes que os novos equipamentos possam operar efetivamente, é necessário cumprir algumas etapas. Isso inclui a elaboração de estudo de viabilidade, de estudos técnicos pela nova empresa, a aprovação desses estudos, a instalação dos equipamentos e a aferição pelo Inmetro. A expectativa do Departamento é que os radares estejam em operação no início de 2025", afirmou o Dnit.
O ônibus da empresa Emtram (Empresa de Transportes Macaubense) saiu de São Paulo na sexta-feira (20), por volta das 7h do terminal rodoviário Tietê, com destino a Jequié, na Bahia.
A Emtram lamentou o acidente e disse que colaborando nas investigações. "A empresa se solidariza com as vítimas e seus familiares e informa que está empenhando máximo esforço para auxiliar as pessoas envolvidas e seus familiares, oferecendo e providenciando todo o apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico", afirmou, em comunicado.Dos 45 passageiros que havia no coletivo, 13 foram resgatados e encaminhados para hospitais da cidade.
O Governo do estado informou que a Fhemig (Fundação Hospitalar de Minas Gerais) ativou o Plano de Atendimento a Múltiplas vítimas no Hospital João 23, em Belo Horizonte. O plano é aplicado em caso de grandes desastres, quando a equipe se prepara para receber um volume maior de pacientes ao mesmo tempo. Há vagas em situação de prontidão no terapia intensiva e no bloco cirúrgico da unidade.
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