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O presidente interino Michel Temer determinou que sua equipe exponha nos próximos dias a queda na execução de programas como o Minha Casa, Minha Vida e o Pronatec na gestão Dilma Rousseff para se livrar da acusação de que fará novos cortes na área social.
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A ideia é afirmar que as principais vitrines da administração petista já vinham sofrendo com a piora do cenário econômico, e tiveram recursos reduzidos ainda sob a batuta de Dilma.
A decisão de publicizar a redução dos valores gastos com programas sociais foi informada nesta sexta-feira (13) por três ministros de Temer: Eliseu Padilha (Casa Civil), Romero Jucá (Planejamento), e Ricardo Barros (Saúde).
"Esses programas já foram muito cortados e vamos anunciar que foram cortados. O próprio governo Dilma reduziu a efetividade", disse Barros.
Romero Jucá foi na mesma linha e disse que "alguns programas" sociais estão "com subfuncionamento". "Isso também será tornado público para não responsabilizarem o novo governo pelas diminuições já feitas".
MULHERES NO SEGUNDO ESCALÃO
Os ministros ainda tentaram minimizar as críticas sobre o "retrato" da nova Esplanada, que não tem mulheres ou negros à frente de pastas.Eliseu Padilha afirmou que a composição do governo Temer foi desenhada em parceria com partidos políticos e sugeriu que foram as siglas que não indicaram mulheres para ministérios.
"Tivemos essa composição a partir das sugestões que os partidos fizeram. Tivemos pouco tempo e tentamos de várias formas buscar mulheres", disse Padilha. Ele reconheceu que a iniciativa não deu certo, "por razões que não convém discutir aqui".
O ministro ressaltou que, nesta sexta (12), Temer divulgou sua escolha para a chefia de gabinete e que quem vai comandar a área é "uma mulher", Nara de Jesus. Ele disse ainda que o governo interino se esforçará para nomear mulheres para postos nas secretarias especiais que foram fundidas a ministérios. Com informações da Folhapress.