© Sergio Flores/Getty Images
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O missionário Anderson Felipe da Silva, 28, foi morto durante um roubo na noite deste domingo (22) no Balneário São Francisco, região da Pedreira, na zona sul de São Paulo. Os criminosos queriam levar a motocicleta dele.
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Silva, que morava no Grajaú e também era gerente de marketing, foi baleado por volta das 19h na estrada do Alvarenga, na altura do número 4.000, na porta da igreja que pretendia visitar naquela noite.
A moto, uma Royal Enfield Interceptor 650, tinha sido comprada havia cerca de um mês, de acordo com o personal trainer Danilo Pontes, 29, primo da vítima.
"Ele tinha uma Suzuki Intruder 125. Queria uma moto mais potente para viajar para as missões. Comprou esse modelo justamente por não ser visada pelos bandidos", disse Silva. Os dois tinham ido juntos escolhê-la em uma concessionária.
Segundo Silva, seu primo era um homem trabalhador e de muita fé. "Ajudava comunidades carentes, crianças em vulnerabilidade, pessoas refugiadas acolhidas em igrejas."
O personal contou ter ouvido de testemunhas que o primo teria se desesperado e tentado fugir, quando o bandido disparou. O motociclista ainda teria percorrido alguns metros até cair em frente a uma garagem de ônibus.
Mesmo com o homem caído, os bandidos se aproximaram e roubaram a moto.O socorro foi acionado, mas constatou a morte de Silva no local.
A Polícia Civil investiga o caso como latrocínio (roubo seguido de morte). Uma cápsula foi encontrada na via e apreendida para exames periciais. A ocorrência foi registrada no 98° DP (Jardim Miriam).
A morte de Silva aumenta a lista de casos de roubo seguido de morte na capital. Entre janeiro e outubro houve 45 vítimas, ante 33 no mesmo período do ano passado. Em todo ano de 2023, a cidade registrou 43 mortes.
Na semana passada um jovem de 18 anos morreu após ser baleado em um roubo na rua Alice Leo, no Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo.
O ajudante de cozinha Levi Maurício da Costa retornava do trabalho por volta das 22h40 da última segunda (16) quando foi abordado por um homem em uma motocicleta. Uma testemunha disse a policiais ter ouvido o ladrão exigir o celular da vítima.
Familiares disseram que o suspeito ainda teria pedido o par de tênis que Levi usava e que o jovem foi baleado quando tirava o calçado.