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BRUNO MADRIDSÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Fagner encerrou uma passagem de 11 anos com a camisa do Corinthians. O lateral-direito, de saída para o Cruzeiro, deixa o clube que o formou após uma temporada para ser esquecida.
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O 2024 de Fagner até começou bom: no primeiro jogo do alvinegro no ano, foi dele a assistência para o gol de Romero, que garantiu a vitória sobre o Guarani em duelo do Campeonato Paulista.
A sequência do Estadual e o início das Copas [do Brasil e Sul-Americana], no entanto, mudaram o cenário, e o lateral-direito abusou dos cartões: em 14 jogos, ele recebeu sete amarelos e acumulou suspensões. O atleta, no entanto, era bem-visto pelos técnicos Mano Menezes e António Oliveira e não chegou a perder a titularidade.
Com a saída de Cássio, em maio, Fagner herdou a faixa de capitão e voltou a viver bom momento. Ele participou da sequência corintiana que acabou com apenas uma derrota em oito jogos -de quebra, não foi advertido pela arbitragem.
A reviravolta acabou com superação de um "aviso prévio": em julho, o jogador renovou seu contrato até 2027 mesmo depois de Augusto Melo, presidente do clube, prometer a líderes da Gaviões da Fiel a saída do camisa 23 ao final do ano.
A chegada de Ramón Díaz, dias depois da extensão do vínculo, marcou o início do fim da trajetória de Fagner no alvinegro. O argentino manteve a braçadeira e exaltou o corintiano pouco depois de ser apresentado, mas mostrou outra postura em meio aos treinamentos.
Sob novo comando, o jogador perdeu espaço e viu Matheuzinho, até então reserva, ocupar a lateral gradativamente -tanto no esquema com dois como no com três zagueiros.
A situação desandou no fim de setembro, quando Fagner, em uma das poucas chances como titular, foi expulso no clássico contra o São Paulo ainda no 1° tempo. Desde então, ele só atuou mais três vezes com a camisa alvinegra e viu, longe das quatro linhas, as eliminações na Copa do Brasil e na Sul-Americana. O camisa 23 também ficou fora de quase toda a sequência vitoriosa do Corinthians na reta final do Brasileirão.
O ano do lateral-direito acabou com recordes negativos. O primeiro engloba o seu menor número de jogos disputados desde 2014, quando voltou ao time: ele entrou em campo apenas 41 vezes na temporada. O segundo tem a ver com disciplina: Fagner tomou 0,29 cartão amarelo por partida, seu maior índice no clube.
Os amarelos de Fagner2024: 41 jogos / 12 cartões amarelos - 0,29 por jogo2023: 57 jogos / 16 cartões amarelos - 0,28 por jogo2022: 43 jogos / 9 cartões amarelos - 0,20 por jogo2021: 47 jogos / 11 cartões amarelos - 0,23 por jogo2020: 52 jogos / 10 cartões amarelos - 0,19 por jogo2019: 59 jogos / 17 cartões amarelos - 0,28 por jogo2018: 47 jogos / 12 cartões amarelos - 0,25 por jogo2017: 53 jogos / 14 cartões amarelos - 0,26 por jogo2016: 56 jogos / 12 cartões amarelos - 0,21 por jogo2015: 48 jogos / 13 cartões amarelos - 0,27 por jogo2014: 53 jogos / 12 cartões amarelos - 0,22 por jogo