Furacões estão mesmo ficando mais fortes e frequentes quanto aparentam?
Furacões recentes causaram mortes e deixaram rastros de destruição generalizadas nos EUA
Furacões estão mesmo ficando mais fortes e frequentes quanto aparentam?
Os furacões estão se tornando mais frequentes e intensos, uma tendência que os cientistas estão atribuindo aos efeitos contínuos das alterações climáticas. Temperaturas oceânicas mais quentes e níveis do mar em elevação estão criando as condições perfeitas para tempestades mais fortes e destrutivas. Furacões recentes, como Milton e Helene, destacaram o perigo crescente que essas tempestades representam. Esses desastres naturais, tão próximos um do outro, causaram mortes e deixaram rastros de destruição generalizadas nos Estados Unidos. A gravidade crescente dos furacões não só causa danos generalizados, mas também encurta os tempos de recuperação para aqueles em áreas afetadas.
Mas o que está fazendo com que os furacões se tornem uma ameaça ainda maior e recorrente? Clique na galeria agora para descobrir.
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Máquinas a vapor da natureza
Furacões são alimentados pelo calor do oceano, transformando essa energia em uma força destrutiva. Com o aumento da temperatura dos mares, essas tempestades estão se tornando mais imprevisíveis, tomando caminhos diferentes e se tornando mais perigosas.
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Corrida para entender os furacões
Cientistas estão trabalhando para entender como os furacões estão mudando e como podemos nos adaptar a esses novos padrões diante dos riscos crescentes.
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Temporada de furacões mais longa
As alterações climáticas estão prolongando a temporada de furacões. Um início precoce da temporada se alinha com as expectativas, pois oceanos mais quentes permitem que os furacões se formem mais cedo.
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Furacão Helene
O furacão Helene, formado perto do México em setembro de 2024, é um exemplo da crescente intensidade e imprevisibilidade dos furacões no clima atual.
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Começam mais cedo e as temporadas são mais longas
Com o aquecimento do clima, os furacões podem começar mais cedo no ano e continuar até mais tarde, potencialmente criando temporadas mais longas com tempestades mais frequentes.
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Furacões respondendo ao meio ambiente
Os furacões respondem ao ambiente ao redor, comportando-se de forma diferente conforme as condições mudam. Se o oceano e a atmosfera se assemelharem às condições do fim do verão, os furacões se comportarão de acordo.
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Furacão Lee
Em setembro de 2023, o furacão Lee, uma das tempestades mais fortes a se formar no Atlântico nos últimos anos, cresceu em condições que deveriam ter impedido a formação de um furacão. Ou seja, houve maior cisalhamento (deformação de um corpo com deslocamento em planos diferentes, mantendo o volume constante) do vento e estabilidade atmosférica.
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Cisalhamento do vento
Cisalhamento vertical do vento ou mudanças na velocidade e direção do vento em diferentes alturas podem perturbar a estrutura de um furacão.
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Formação de furacões
Dado que o cisalhamento ocorreu e o furacão Lee ainda conseguiu se formar, foi considerado uma "surpresa desagradável". É possível que o calor do oceano tenha superado a influência do cisalhamento.
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Capacidade de furacão
Normalmente, os furacões no Atlântico não atingem sua capacidade máxima. Eles ou atingem a terra antes de chegar a sua maior intensidade ou enfrentam forte cisalhamento de vento que acalma a tempestade.
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Intensificação mais rápida
De acordo com James Kossin, um cientista climático e atmosférico aposentado da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA), há algumas evidências de que as taxas de intensificação de furacões estão aumentando à medida que o oceano fica mais quente.
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Maior frequência e intensidade maiores
Com o passar dos anos, a frequência dos furacões vem aumentando. De fato, entre 1979 e 2017, a intensidade das tempestades aumentou aproximadamente 6% por década.
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Velocidade hoje
As tempestades de hoje têm 25% mais probabilidade do que há 40 anos de atingir 180 km/h, o que as classifica como grandes furacões.
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Temperaturas oceânicas
A temperatura do oceano é o que define a intensidade de um furacão e, de acordo com uma análise da BBC de maio de 2024, as temperaturas dos oceanos do mundo quebraram recordes todos os dias no ano anterior.
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Desacelerando em geral
Enquanto a velocidade do vento dentro do furacão está aumentando, o movimento geral do furacão em seu caminho sobre o oceano e a terra está diminuindo.
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Estatísticas
Um estudo de 2018 feito por Kossin mostrou que os furacões perto dos EUA diminuíram cerca de 17% desde o início do século XX. Ainda mais, os ciclones tropicais no oeste do Pacífico Norte diminuíram em até 20%.
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Motivo da desaceleração
Há especulações de que o motivo da desaceleração seja a maneira desigual como as alterações climáticas afetam o aquecimento do mundo.
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O Ártico
O Ártico aquece quase quatro vezes mais rápido que o resto do mundo, o que significa que a diferença de temperatura entre o Ártico e os trópicos está diminuindo. Como os gradientes (taxa de variação de uma grandeza física, ao longo de uma dimensão espacial e numa direção) de temperatura impulsionam os ventos, pode-se presumir que um gradiente mais forte significa ventos mais fortes.
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Espere mais chuva
À medida que os furacões diminuem, provavelmente haverá mais chuva também. Quanto mais precipitação houver em um local, maior o potencial de inundação.
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Ventos
Durante furacões, geralmente há danos causados pelos ventos. Portanto, se um furacão durar mais, é mais provável que derrube algo, como casas ou árvores.
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Águas agitadas
Quando há água quente e profunda, os furacões continuam se intensificando porque não encontram água mais fria.
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Mudando a direção
É importante também pensar sobre a trajetória do furacão. De acordo com um estudo de Kossin e colegas, "os furacões estavam se movendo cerca de um grau de latitude para longe dos trópicos por década".
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O que isto significa?
Se a trajetória do furacão estiver mudando, isso pode significar que comunidades que não foram afetadas antes poderão ser afetadas em breve.
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A barreira de proteção dos EUA está falhando
As alterações climáticas estão alterando os padrões de cisalhamento do vento sobre o Atlântico, com regiões-chave experimentando condições de mudança. Há duas áreas principais de cisalhamento do vento: uma na Região de Desenvolvimento Principal (Main Development Region - MDR), onde os furacões se formam, e outra na costa leste dos EUA, criando uma espécie de efeito "gangorra".
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Como funciona
Quando o cisalhamento do vento é baixo no MDR, ele tende a ser alto perto da costa dos EUA, criando uma barreira que enfraquece as tempestades conforme elas se aproximam do continente. No entanto, essa barreira protetora não afeta as tempestades que atingem o Caribe.
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Pesquisa
Infelizmente, pesquisas sugerem que as mudanças climáticas estão corroendo essa barreira de intensificação, tornando futuras tempestades potencialmente mais fortes à medida que se aproximam dos EUA.
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Contramedidas
Para ajudar a minimizar a destruição que essas tempestades estão causando, o desenvolvimento das regiões costeiras deve ser minimizado ou interrompido completamente.
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Adaptações
Para aqueles que vivem em rotas "típicas" de furacões, é importante fazer adaptações em edifícios para ajudar a preservar casas, empresas e outras infraestruturas.
Fontes: (BBC) (The Weather Channel)
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Mundo
Alterações climáticas
29/12/24
POR Notícias Ao Minuto Brasil
Os furacões estão se tornando mais frequentes e intensos, uma tendência que os cientistas estão atribuindo aos efeitos contínuos das alterações climáticas. Temperaturas oceânicas mais quentes e níveis do mar em elevação estão criando as condições perfeitas para tempestades mais fortes e destrutivas. Furacões recentes, como Milton e Helene, destacaram o perigo crescente que essas tempestades representam. Esses desastres naturais, tão próximos um do outro, causaram mortes e deixaram rastros de destruição generalizadas nos Estados Unidos. A gravidade crescente dos furacões não só causa danos generalizados, mas também encurta os tempos de recuperação para aqueles em áreas afetadas.
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