Coreia do Norte promete estratégia "mais forte" contra Estados Unidos

A Coreia do Norte prometeu uma estratégia mais contundente contra os EUA e alegou que a aliança entre Washington, Seul e Tóquio está evoluindo para um "bloco militar invasivo", anunciou este domingo a imprensa estatal.

© Lusa

Mundo Coreia do Norte 29/12/24 POR Notícias ao Minuto Brasil

A estratégia foi adotada durante a única sessão plenária anual do partido na Coreia do Norte, que terminou na sexta-feira sob a liderança de Kim Jong-un, segundo informou a agência estatal norte-coreana KCNA.

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O texto afirma que os EUA são o país "mais reacionário" e que, para garantir a segurança da Coreia do Norte, deve ser implementada "a estratégia de resposta mais forte" contra Washington.

O documento também acusa a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão de formarem "um bloco militar invasivo".

Kim ordenou a melhoria das táticas de guerra para atender às exigências da guerra moderna e pediu o fortalecimento contínuo das capacidades de combate do exército norte-coreano.

Durante a sessão, iniciada na última segunda-feira, Pak Thae-song foi nomeado primeiro-ministro, substituindo Kim Tok-hun.

Nos últimos anos, Kim tem convocado duas ou mais reuniões plenárias por ano, incluindo uma que geralmente ocorre no final de dezembro. Ele utiliza essas reuniões para definir as orientações de política nuclear e diplomática para o ano seguinte.

Na sessão de dezembro de 2023, Kim declarou que a relação com o Sul é hostil e descartou qualquer possibilidade de reconciliação ou unificação com o país vizinho, representando uma mudança na estratégia diplomática da Coreia do Norte dos últimos 30 anos.

Kim também afirmou recentemente que as negociações fracassadas com o presidente eleito dos EUA mostraram que Washington não tem "vontade de coexistir" com seu regime e que a política hostil dos EUA em relação a Pyongyang nunca mudará.

Kim e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, se encontraram três vezes: em Singapura, em junho de 2018; em Hanói, em fevereiro de 2019; e na zona desmilitarizada entre as Coreias, em junho de 2019. As negociações fracassaram devido ao impasse em Hanói, onde Trump rejeitou a proposta norte-coreana de desarmamento nuclear, considerando-a insuficiente.

Na sexta-feira, Japão e Estados Unidos anunciaram diretrizes inéditas para uma "dissuasão ampliada", que inclui proteção nuclear dos EUA, com o objetivo de enfrentar os desafios de segurança apresentados pela China e pela Coreia do Norte.

O documento visa fortalecer os "procedimentos existentes de consulta e comunicação" da aliança Japão-Estados Unidos no que se refere à dissuasão ampliada, conforme declarado pelos dois governos em um comunicado citado pela agência japonesa Kyodo.

O termo "dissuasão ampliada" refere-se ao compromisso dos EUA de usar suas capacidades nucleares e convencionais para defender o Japão diante das atividades militares da China e do desenvolvimento nuclear e de mísseis pela Coreia do Norte.

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