Ano novo, golpes velhos: veja quais são as fraudes financeiras mais comuns

Dados da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) mostram que, em 2023, o Brasil foi o segundo país mais afetado por ataques cibernéticos na América Latina, dado que reforça a atenção necessária no momento de realizar compras.

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Economia GOLPES-FINANCEIROS 01/01/25 POR Folhapress

JÚLIA GALVÃOSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As comemorações de Ano-Novo precedem as liquidações de janeiro do comércio nacional. Em férias e com parte do dinheiro da segunda parcela do 13º em mãos, consumidores vão as compras e devem ficar atentos para evitar golpes neste período.

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Dados da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) mostram que, em 2023, o Brasil foi o segundo país mais afetado por ataques cibernéticos na América Latina, dado que reforça a atenção necessária no momento de realizar compras.

Entre os golpes mais frequentes de início de ano a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) destaca o da falsa central telefônica. Nele, criminosos ligam para clientes e dizem que sua agência bancária e/ou seu gerente está sob investigação.

Em alguns casos, eles enviam falsos boletins de ocorrência e dizem, por mensagens de email ou SMS, que o cliente deve transferir seus recursos para favorecidos indicados pelos golpistas enquanto durar a investigação criminal.A Febraban alerta, no entanto, que os bancos, entidades ou autoridades policiais nunca pedem que clientes façam transações bancárias.

"Se receber este tipo de contato, encerre-o na hora. Se tiver dúvidas sobre sua agência, esclareça qualquer informação fora do normal nos canais oficiais do banco", afirma a Federação em nota.

Em alguns casos, as agências podem entrar em contato com os clientes para confirmar transações suspeitas, mas dados pessoais, senhas, atualizações de sistemas, chaves de segurança nunca são solicitados.

O cuidado deve ser redobrado com o uso de cartões de crédito ou débito, seja em lojas físicas ou online. Roubo de senhas, trocas de cartões, transferências de valores indevidos são feitas sem que o cliente perceba, com dígito da senha durante uma compra. Esse tipo de golpe é difícil de ser provado depois.*GOLPES COMUNS NO ANO-NOVO E NAS FÉRIAS1) GOLPE DA TROCA DO CARTÃOEm alguns casos, golpistas que trabalham como vendedores prestam atenção quando os consumidores digitam suas senhas na maquininha de compra e, depois, trocam o cartão na hora de devolvê-lo.Com o cartão e senha em mãos, fazem compras usando o dinheiro da vítima. Para evitar cair neste golpe, ao fazer uma compra com cartão físico, a Febraban indica que os consumidores devem se lembrar de:- Sempre checar o valor na tela da maquininha- Sempre conferir se o cartão que te devolveram realmente é seu- Sempre passar você mesmo o cartão na maquinha- Nunca entregar o seu cartão para ninguém- Se a compra for online, o site deve ser seguro, ter o "s" em seu endereço- Nunca salve as senhas de compras online- Verifique os valores e as notas fiscais enviadas

2) GOLPE DA MAQUININHA QUEBRADANeste golpe, durante o pagamento, o golpista dá para a vítima uma maquininha com o visor danificado ou se posiciona de uma forma que a vítima não veja o preço cobrado na tela.O valor inserido é, assim, superior ao pedido e o cliente só percebe que fez um pagamento maior depois de um tempo.

OUTROS TIPOS DE GOLPE:1) GOLPE DO FGTSO golpe do saque do FGTS ganhou força durante a pandemia e dezenas de trabalhadores têm sido atingidos por ele desde então. Nele, os criminosos roubam dados pessoais, sacam parcela do Fundo de Garantia, e fazem empréstimos fraudulentos, deixando uma dívida para a vítima.Os golpistas conseguem os dados pessoais dos trabalhadores e, com eles, acessam o aplicativo do FGTS e fazem movimentações dentro do app, aderindo ao saque-aniversário. Para se proteger, é indicado que links externos recebidos por WhatsApp, SMS e email não sejam acessados.Além disso, é indicado uma checagem mensal de suas informações financeiras seja feita na plataforma Registrato, do Banco Central.

2) FALSAS VENDASCriminosos montam sites falsos que simulam ecommerces, enviam promoções inexistentes por email, SMS e mensagens de WhatsApp, e criam perfis falsos de lojas em redes sociais.Os consumidores devem desconfiar se o produto ofertado está com o preço muito baixo do que é vendido no comércio em geral.Em alguns casos, sites de varejistas famosos são clonados para induzir os consumidores a erro. Para evitar o golpe, a recomendação é que o cliente faça sua pesquisa de preços, e quando escolher a loja, digite diretamente o endereço do site na barra do navegador.

3) GOLPE DO BRINDENeste caso, os golpistas entram em contato com a vítima, dizem que têm um brinde para entregar e insistem para a pessoa receber o presente pessoalmente. O contato pode ser por email, SMS ou WhatsApp.Após entregarem algo para a vítima, os criminosos alegam que são prestadores de serviços e que não sabem informações sobre quem realmente pediu para fazer a entrega. Nesse momento, o pagamento de uma taxa é cobrado. Essa taxa só pode ser paga com cartão.Em alguns casos, o golpista diz para a vítima que ela precisa fazer uma selfie para receber o brinde. Assim, eles utilizam disfarces para que a pessoa não perceba que está em um aplicativo bancário prestes a fazer autenticação biométrica para uma operação de crédito.

COMO SE PROTEGER?Para se proteger de alguns dos golpes, a FecomercioSP indica que os consumidores devem:- Evitar clicar em links desconhecidos ou baixar anexos de fontes não confiáveis- Checar URL (endereço web) de sites que exijam login, certificando-se de que o site seja legítimo e seguro- Restringir o acesso a informações confidenciais- Desconfiar de ofertas muito vantajosas- Atentar-se a endereços que se pareçam com os verdadeiros, mas que apresentem pequenas diferenças (como a troca de uma letra)- Utilizar bloqueadores de anúncios maliciosos e extensões de navegadores que chequem a segurança dos sites- Verificar a reputação do site em plataformas como Reclame Aqui, Consumidor Gov.BR e redes sociais. Consulte também a lista de sites reprovados pelo Procon

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