Exilado, González diz que irá à Venezuela tomar posse no lugar de Maduro

González diz que irá à posse no lugar de Maduro. Em entrevista concedida em Buenos Aires, o líder da oposição comunicou os planos. "Minha intenção é ir à Venezuela para tomar posse do mandato que os venezuelanos me deram quando me elegeram com 7 milhões de votos", afirmou, sem detalhar o plano.

© PEDRO RANCES MATTEY/AFP via Getty Images

Mundo EDMUNDO-GONZÁLEZ 05/01/25 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Ameaçado de prisão, o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia afirmou neste sábado (4), após encontro com o presidente argentino, Javier Milei, que irá à Venezuela tomar posse no lugar de Nicolás Maduro. Ele reivindica a vitória nas eleições presidenciais.

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González diz que irá à posse no lugar de Maduro. Em entrevista concedida em Buenos Aires, o líder da oposição comunicou os planos. "Minha intenção é ir à Venezuela para tomar posse do mandato que os venezuelanos me deram quando me elegeram com 7 milhões de votos", afirmou, sem detalhar o plano.

"Esperamos que Maduro contribua para uma transição pacífica e ordenada", disse González.

Ele está exilado desde setembro. González deixou a Venezuela e pediu asilo na Espanha após o órgão eleitoral da Venezuela anunciar a vitória de Maduro com 5,150 milhões de votos (51,2%). Segundo a autoridade, González foi escolhido por 4,445 milhões (44,2%) dos venezuelanos. Até agora não foram apresentadas as atas eleitorais.

Venezuela oferece US$ 100 mil por informações que ajudem na prisão de González. A recompensa foi ofertada para informações sobre como encontrar o opositor de Maduro. A alegação é de que o indicado como segundo colocado no pleito de 28 de julho planeja "um golpe de estado" com o apoio dos Estados Unidos.

Posse de Maduro está prevista para 10 de janeiro. O evento programado para a próxima sexta-feira contará com o apoio das Forças Armadas, que declararam "lealdade absoluta" ao comandante venezuelano. Maduro governa o país desde a morte de Hugo Chávez, em 2013.

Países não reconhecem reeleição de Maduro. Assim como a Argentina, os Estados Unidos, a União Europeia e diversas nações latino-americanos cobram o detalhamento da contagem dos votos para admitir o resultado eleitoral. A proclamação da vitória de Maduro resultou em protestos com 28 mortes e milhares de detenções.

O governo brasileiro evitou falar em fraude. Mas insistiu que não reconheceria a eleição enquanto as atas com os resultados não fossem apresentadas, o que nunca aconteceu. Apesar disso, o governo Lula enviará um representante para a posse, conforme informou o colunista do UOL Jamil Chade.

González também planeja uma conversa com Joe Biden. Na mesma entrevista neste sábado (4), o líder da oposição venezuelana disse planejar "uma conversa" com o presidente dos Estados Unidos neste domingo (5). "Aguardamos definições em relação às novas autoridades", afirmou em referência a Donald Trump, que voltará ao comando dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro.

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