Macron critica apoio de Elon Musk à extrema-direita europeia e à AfD

Durante um discurso aos embaixadores franceses, Macron questionou: "Há dez anos, quem teria pensado que o proprietário de uma das maiores redes sociais do mundo apoiaria uma nova onda internacional reacionária e interferiria diretamente nas eleições, incluindo na Alemanha?"

© Getty Images

Mundo França 06/01/25 POR Notícias ao Minuto

O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou preocupações sobre a influência de Elon Musk na política europeia, especialmente em relação ao apoio do empresário ao partido de extrema-direita alemão, Alternativa para a Alemanha (AfD). Durante um discurso aos embaixadores franceses, Macron questionou: "Há dez anos, quem teria pensado que o proprietário de uma das maiores redes sociais do mundo apoiaria uma nova onda internacional reacionária e interferiria diretamente nas eleições, incluindo na Alemanha?"

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 Musk, conhecido por suas declarações polêmicas, publicou recentemente um artigo no jornal alemão Welt am Sonntag, no qual elogia a AfD e critica as políticas de imigração da Alemanha. Ele afirmou que "somente a AfD pode salvar a Alemanha", gerando reações adversas de políticos alemães, incluindo o chanceler Olaf Scholz, que descreveu os comentários de Musk como "erráticos".

Além disso, Musk tem demonstrado apoio a outras figuras e partidos de extrema-direita na Europa. No Reino Unido, ele criticou o tratamento de casos históricos de abuso sexual, direcionando ataques ao primeiro-ministro Keir Starmer e à ministra de Proteção Infantil, Jess Phillips. Starmer respondeu, acusando Musk de "ter cruzado uma linha" e de não se importar com as vítimas. 

Essas ações de Musk têm gerado preocupações entre líderes europeus sobre a interferência de atores externos nas políticas internas da região. O Reino Unido, França, Alemanha e Noruega expressaram apreensão quanto às tentativas de Musk de influenciar a política europeia, especialmente após a reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, com o apoio de Musk. 

Em resposta, Macron enfatizou a importância de os cidadãos decidirem, não os proprietários das redes sociais, destacando a necessidade de proteger a democracia contra influências externas.

 

Leia Também: Hoje, no aniversário do ataque ao Capitólio, Congresso certifica Trump

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