Sem pressão, marcha atlética pode render medalhas ao Brasil

João Cesar Sendeski, técnico especialista, ajudou a transformar Blumenau, em Santa Catarina, em um dos centros nacionais do esporte

© David Gray/Reuters

Esporte Pódio 15/05/16 POR Estadao Conteudo

Colocar Fabiana Murer, do salto com vara, como esperança de medalha nos Jogos Olímpicos já virou lugar-comum. A expectativa sobre a atleta aumenta à medida que seu desempenho contrasta com os fracos resultados do atletismo brasileiro nas competições internacionais. Mas a pressão no Rio tem tudo para ser dividida com dois talentos da marcha atlética: Caio Bonfim e Erica Sena.

PUB

"A gente não sofre a mesma pressão que a Fabiana, pois todo mundo acha que ela tem obrigação de ganhar. O Brasil é muito mal-agradecido a ela. A gente tem mais esperança do que expectativa, o que é uma coisa muito mais positiva. Talvez a gente possa dividir essa responsabilidade com a Fabiana, um vai ajudando o outro", afirmou Caio.

Técnico especialista em marcha atlética, João Cesar Sendeski fica satisfeito com a projeção alcançada pela especialidade. "O Brasil hoje é uma das grandes potências da modalidade e isso muito nos agrada. Nos sentimos muito orgulhosos de ver que a sementinha que plantamos há mais de 20 anos está dando bons frutos, tanto no masculino quanto no feminino".

E ele aponta "grandes possibilidades" de pódio nos Jogos Olímpicos. "Estou muito confiante de que podemos ter a oportunidade de dar ao povo brasileiro uma medalha nessa prova tão solitária, porém solidária".

Sendeski ajudou a transformar Blumenau, em Santa Catarina, em um dos centros nacionais da marcha atlética. São Paulo, Recife e Brasília também são apontados pelo treinador como outros polos da modalidade. "No Sul, qualquer criança faz a prova de marcha atlética e não vai ser molestada na rua por algum desinformado dizendo que ela está rebolando", explicou.

Na marcha, o movimento do quadril ganha notoriedade porque é preciso manter uma das pernas esticadas, sem dobrar os joelhos. Além disso, o atleta não deve tirar os dois pés do chão ao mesmo tempo e os braços dão impulso para o ritmo das passadas. Correr? Nem pensar.

Em busca de respeito dentro e fora do atletismo, a marcha atlética pode usar a visibilidade da Olimpíada para colocar fim à intolerância. "Preconceito está na cabeça do adulto mal informado. A realização dos Jogos Olímpicos vai mostrar inúmeras modalidades desconhecidas. É o que precisamos", disse Sendeski. Com informações do Estadão Conteúdo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Justiça Há 23 Horas

Ex-bailarina do Faustão tem habeas corpus negado e vai passar o fim de ano na prisão

fama Luto Há 2 Horas

Morre ator Ney Latorraca, aos 80 anos

fama Saúde Há 21 Horas

Filho de Faustão fala sobre a saúde do pai após transplantes

fama Natal Há 22 Horas

Ludmilla e Brunna distribuem cestas básicas em Duque de Caxias

mundo Cazaquistão Há 3 Horas

Nevoeiro, aves, míssil russo… O que se sabe sobre a queda de avião?

fama Festas Há 4 Horas

Filho de Leonardo, João Guilherme dispensa Natal do pai e passa com Xuxa

mundo Avião Há 3 Horas

Corpo é encontrado no trem de pouso de avião no Havai

tech Brasil Há 13 Horas

Aplicativo sobre de prevenção de desastres já tem 2 mil downloads

fama Celebridades Há 12 Horas

Por que esses famosos não comemoram o Natal?

fama Bebê Há 5 Horas

Neymar será pai pela quarta vez e terá segunda filha com Bruna Biancardi