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Na onda da crise e da sustentabilidade, muitos cariocas começaram a aderir a outras formas de morar, que pudessem ser mais baratas e que possibilitassem uma poupança dos recursos naturais, ao mesmo tempo. Dessa necessidade surgiu o 'coliving', um modelo de moradia surgido na década de 1970, na Dinamarca, no qual pessoas se unem para compartilhar um lar, doce lar. Popular nos Estados Unidos e na Europa, o modelo ganhou impulso recentemente no Brasil e, mais especificamente, no Rio de Janeiro.
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O jornal 'O Globo' entrevistou Andreia e Lara, mãe e filha que decidiram sair do apartamento de 80 metros em Laranjeiras para uma casa de 700 metros quadrados no Cosme Velho. O novo lar, com jardim, piscina e churrasqueira, é dividido com outras sete pessoas. Cada um tem seu quarto, mas a cozinha, a sala, a lavanderia e a área de lazer são de uso comum, assim como as tarefas da casa e as contas de água, luz e gás.
"Ficamos ricas sem precisar ganhar na Mega Sena. Ganhamos em qualidade de vida, claro, mas principalmente em conteúdo, espiritualidade, diversidade", explica Andreia, socióloga de 47 anos.
Ainda segundo a reportagem, apesar de a poupança ser um dos fatores importantes neste modelo, o grande benefício procurado é a convivência com pessoas de todas as idades, amigos, amigos dos amigos, casais, irmãos, mães e filhas. O perfil dos adeptos do 'coliving' é de graduados e pós-graduados, bem-sucedidos profissionalmente. O objetivo é compartilhar experiências e viver da forma mais sustentável.
"O que está acontecendo hoje é um movimento mundial muito lindo, uma transição para outro modo de habitar o planeta. Há um anseio humano em recuperar o que foi sugado pelo sistema. É uma transformação onde tecer vínculos comunitários é essencial", analisa a arquiteta e pesquisadora Lilian Lubochinski, fundadora de uma consultoria chamada Cohousing Brasil.