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A higienização íntima é hábito diário de grande parte das mulheres, mas muitas não sabem que após a relação sexual é necessário também ter cuidados específicos. Isso porque o ato sexual pode facilitar a proliferação de bactérias, que podem contribuir para diversas doenças e até mesmo a temida infecção urinária.
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Especialistas apontam que o pH da flora vaginal pode sofrer alterações após o contato com o sêmen, fator que pode contribuir para alterações na região íntima. Para disseminar hábitos rotineiros, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia lançou um guia que ensina passo a passo como as mulheres devem fazer a higiene íntima. Confira:
Ducha para limpar a vagina: Parece óbvio mas sempre vale ressaltar: a higienização deve ser feita somente na parte externa. Qualquer tipo de lavagem interna, com jatos ou duchas d'água, deve ser evitada, para não comprometer a saúde da região, por eliminar a proteção natural e facilitar a proliferação de micro-organismos nocivos.
Sabonetes bactericidas: esses sabonetes, que vêm muito na versão líquida, altera a barreira de proteção da região. Eles eliminam os Bacilos de Döderlein, que são responsáveis pela manutenção do pH ácido, saudável, da vagina. O meio ácido é uma das formas de proteção contra micro-organismos causadores de doenças, explica a ginecologista Tatiana Pfiffer.
Roupas: Evitar calcinhas de lycra, opte por modelos de algodão e que, de preferência, não sejam muito apertados.
Protetores diários: Não use protetores, pois eles abafam a região e criam o ambiente ideal para a proliferação de bactérias.
Xixi: não segure a urina, pois o hábito favorece a proliferação de bactérias e aumenta as chances de infecção urinária.
Papel higiênico: a maneira correta de passar o papel é da frente para trás, ou seja, da vagina para a região anal para evitar a contaminação da mucosa por bactérias.
Absorventes: durante o período menstrual, a atenção à região íntima deve ser redobrada, uma vez que o sangue altera a flora vaginal e é, por si só, um "meio de cultura" de bactérias. Os absorventes devem ser trocados constantemente, no máximo de quatro em quatro horas.
Lencinhos umedecidos: podem ser usados quando não houver papel higiênico à mão, mas não devem se tornar hábito, pois podem provocar irritações e desestabilizar a flora vaginal.
Perfumes íntimos: devem ser evitados, assim como talcos e hidratantes.