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Na noite de quarta-feira (18), três profissionais da imprensa foram agredidos pela Polícia Militar de São Paulo na manifestação de estudantes secundaristas e movimentos de esquerda que protestava sobre medidas na educação. Houve confronto entre os manifestantes e policiais no final do protesto, quando, segundo a PM, um grupo adepto da tática "black bloc" atacou os oficiais responsáveis pelo policiamento ostensivo a pé com pedras e rojões na avenida Ipiranga, próximo à praça da República.
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A PM reagiu com cassetetes e spray de pimenta, e seis estudantes foram detidos, segundo o coletivo Mal Educado.A Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) emitiu uma nota de repúdio em que relata as agressões sofridas por três jornalistas que cobriam a manifestação, dois fotógrafos (do "Estado de São Paulo" e da agência Futura Press) e um repórter cinematográfico da TV Globo.
No comunicado, a Abert afirma que a missão dos policiais não é impedir o livre trabalho da imprensa. Confira abaixo a íntegra da nota:
"A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) considera incompreensível e inaceitável que jornalistas dos diversos veículos de comunicação continuem sendo vítimas de violência por parte de policiais militares durante as coberturas jornalísticas das manifestações que acontecem pelo Brasil.Na noite de quarta-feira (18), mais dois fotógrafos e um repórter cinematográfico foram agredidos por PMs enquanto faziam matéria sobre o protesto de estudantes no centro de São Paulo.A jornalista Gabriela Biló, do jornal O Estado de São Paulo, fotografava o momento em que um estudante era preso, quando um policial tentou tirar sua câmera à força. Biló resistiu e continuou fotografando. Em seguida, o PM a atingiu com um spray de pimenta em seu rosto.Marcelo Campos, repórter cinematográfico da TV Globo, foi agredido por um golpe de cassetete quando filmava a ação dos policiais, que batiam em estudantes que participavam do protesto.O fotógrafo André Lucas Almeida, da agência Futura Press, também foi agredido com spray de pimenta. Um policial ainda bateu com o cassetete em sua mochila, trincando a tela do computador.A ABERT continuará a se manifestar contra este tipo de ação, na firme expectativa do repúdio da sociedade e da apuração pelas autoridades competentes.Vale lembrar que os agentes públicos têm como missão zelar pela segurança dos cidadãos e não a de impedir o livre trabalho da imprensa." Com informações da Folhapress.