Metroviários de SP decidem nesta segunda se param por 24 horas

Em assembleia realizada na última quinta (19), os funcionários votaram pela paralisação das atividades na terça

© Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Brasil Metrô SP 22/05/16 POR Folhapress

Os funcionários do Metrô de São Paulo realizarão uma nova assembleia nesta segunda-feira (23) para decidir se vão paralisar as suas atividades durante 24 horas na próxima terça (24). Em protesto, eles devem trabalhar sem uniforme nesta segunda.

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Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do Sindicato dos Metroviários, afirmou que os funcionários vão se reunir novamente na sede da categoria, na zona leste da cidade, para deliberar se prosseguem com a greve.

Em assembleia realizada na última quinta (19), os funcionários votaram pela paralisação das atividades na terça. Quatro reuniões com o Metrô, segundo o sindicato, foram realizadas sem ter chegado a uma proposta de reajuste salarial.

Os metroviários pedem 10,82% de reajuste mais 6,59% de aumento real e ainda acusam a companhia de querer retirar "vários direitos trabalhistas". Entre os pontos reclamados estão a mudança das datas de pagamento, o pagamento da participação nos lucros em duas vezes (era feito um único pagamento), o adiamento de férias e a redução do adicional de hora extra, de 100% para 50%.

A Companhia do Metropolitano de São Paulo informou que lamenta a decisão dos sindicalistas e a classificou de "prematura". A empresa disse ainda que foi proposta aos metroviários uma reunião para quarta (25) na qual seria apresentado o índice econômico –que reajusta salários, benefícios, auxílios, adicionais e gratificações–, e seriam discutidas também outras pendências do acordo coletivo de trabalho.

Sobre a redução de direitos apontada pelo sindicato, o Metrô disse apenas que "vem honrando suas obrigações trabalhistas" e que busca uma alternativa econômica que atenda aos trabalhadores mas que seja suportada pela companhia, "para não comprometer seu equilíbrio financeiro". Na resposta oficial, o Metrô diz ainda esperar que o sindicato reveja sua posição.

Um ato público contra o "sucateamento do serviço público promovido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB)" acontecerá na praça Roosevelt, às 17h, na região central de São Paulo. Segundo o sindicato, o ato deve contar com a participação de servidores públicos estaduais de diversas categorias, incluindo os funcionários do Metrô, ferroviários, professores, trabalhadores da Sabesp e da Fundação Casa, além de estudantes. Com informações da Folhapress.

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