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Para tentar atrair um público infantil que cada vez mais está inserido na era digital a fabricante de brinquedos Lego vem investindo em brinquedos com características de violência, aponta um estudo neozelandês publicado nesta segunda-feira no site especializado PLOS ONE, de acordo com o jornal 'O Globo'
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Os pesquisadores da Universidade de Canterbury apontam que cada vez mais os produtos desenvolvidos pela empresa dinamarquesa vêm com armas, temas de guerra, catálogos com teor violento e com cenários envolvendo tiros, e que, por conta disso, as crianças cada vez mais brincam de maneira "brutal". A análise dos produtos revela que impressionantes 30% dos kits de Lego têm armas. "Os produtos da empresa Lego não são mais tão inocentes como costumavam ser (...) A violência dos produtos Lego parece ter ido além da tentativa de melhorar o modo de jogar", afirmou o coordenador do estudo, Christoph Bartneck, em entrevista à agência de notícias AFP.
Os brinquedos Lego, juntamente com uma tendência crescente do mercado de entretenimento infantil conclui que os kits "provocam aumentos exponenciais da violência".
O porta-voz da empresa, Troy Taylor, defendeu afirmando que os brinquedos Lego incluem todo tipo de atividades, como construção, fantasia e também o conflito. "Como outros tipos de brinquedos, o conflito é uma parte natural do desenvolvimento infantil. Sempre tentamos e usamos o humor quando é possível para reduzir o nível de conflito", diz ele.