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"Só quero ir para casa", disse a menina de 16 anos que foi vítima de estupro coletivo no Morro São João, uma comunidade do Rio de Janeiro e tentou várias vezes fugir do hospital. "Quando acordei tinham 33 caras em cima de mim".
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A menor foi levada nesta quinta-feira (26) para o setor ginecológico do Hospital Maternidade Maria Amélia, anexo ao Souza Aguiar, para fazer exames.
Ao sair do hospital, a jovem, ainda muito abalada, contou que foi dormir na casa do namorado, na última sexta-feira (20), e só acordou no domingo. A vítima passou a madrugada no Instituto Médico Legal e foi ouvida na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que investiga o caso.
De acordo com o Globo, a polícia já identificou dois dos criminosos, que terão as prisões preventivas pedidas. O Ministério Público informou que está acompanhando o caso e que já recebeu 800 denúncias, pela ouvidoria. A avó da menina, em entrevista à rádio CBN, afirmou que ela teria sofrido um apagão durante os abusos.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Marcelo Freixo (PSOL), acompanha o caso. "A comissão vai acompanhar o caso para garantir todo o atendimento à menina. Ontem (quarta-feira), a acompanhamos para fazer o exame de corpo de delito. Tentamos falar com ela, mas está muito abalada e sem condições de falar. Vamos garantir que ela tenha acompanhamento psicológico", disse Freixo.