© Ivan Alvarado/Reuters
A polícia entrou em choque nesta quinta (26) com manifestantes nas ruas de Santiago do Chile e de Valparaíso, nos mais recentes protestos de estudantes que reclamam da demora do governo em um plano de reformas educacionais.
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Durante a marcha, que não foi autorizada pelas autoridades, estudantes tentaram caminhar na Alameda, a principal via da capital chilena, e protestaram em frente do palácio presidencial de La Moneda.
Mas policiais dispersaram a multidão com canhões de água e gás lacrimogêneo, enquanto os manifestantes arremessavam pedras e incendiavam barricadas.O lançamento do gás lacrimogêneo forçou o esvaziamento de parte do Hospital do Trabalhador, em Santiago. Funcionários de saúde tiveram de tirar as pessoas às pressão da seção de terapia física e de outras áreas, movendo alguns pacientes em veículos até que o gás se dissipasse.
"Ocupamos a rua pacificamente, mas infelizmente a polícia forçou nosso recuo brutalmente", disse à mídia local o presidente da união de estudantes secundaristas Jose Corona, encharcado pelo canhão de água policial.
Os confrontos são os mais recentes em uma série de protestos no Chile nas últimas semanas, incluindo um ataque incendiário e uma briga dentro do La Moneda.
De acordo com as uniões estudantis, os protestos são uma resposta ao que consideram como lentidão do governo de Michelle Bachelet de levar adiante vários reformas, particularmente em relação à educação.
"Nós estudantes adotamos uma posição de transgressão", disse Marta Matamala, líder da união estudantil da Universidade de Santiago. "Ficaremos nas ruas. De agora em diante, esperamos que as manifestações apenas se intensifiquem."
Bachelet, que começou seu segundo mandato presidencial não consecutivo em 2014, fez campanha sobre várias reformas que incluíam mexer no sistema altamente privatizado do Chile e tornar gratuita a educação universitária.
Mas as planejadas reformas atrasaram ou foram revistas durante o ano passado por causa de um Congresso reticente, escândalos de corrupção, desaceleração econômica, o que vêm irritando muitos à esquerda. Com informações da Folhapress.