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A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou nesta sexta-feira (27) que "cancelar ou mudar o local de realização dos Jogos Olímpicos de 2016 não vai alterar significativamente a propagação internacional do vírus da zika". A declaração aconteceu em resposta à divulgação de uma carta enviada à organização e assinada por 150 cientistas de diferentes partes do mundo, que pedia o adiamento ou a transferência de local dos Jogos Olímpicos devido ao surto de zika, "em nome da saúde pública".
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Os especialistas acreditam que as descobertas recentes sobre o zika tornam "antiética" a manutenção dos Jogos no Rio. Entre os signatários estão Philip Rubin, consultor científico da Casa Branca, médicos e especialistas em ética médica de instituições como as universidades de Oxford, no Reino Unido, e Harvard e Yale, nos Estados Unidos.
Entretanto, a OMS diz que "não há nenhuma justificativa de saúde pública para adiar ou cancelar os Jogos" com base na avaliação atual do vírus da zika. "A OMS continuará monitorando a situação e atualizando as recomendações, se necessário", informou a organização, em nota. Ao todo, cerca de 60 países registram transmissão do vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
Em meio à polêmica sobre a recomendação do grupo de cientistas em relação à Olimpíada, a OMS voltou a reforçar algumas orientações a turistas e atletas que pretendem viajar para o evento. A primeira é que seja feita uma consulta a um profissional de saúde antes da viagem, além de seguir as orientações das autoridades de saúde do país.