Lava Jato se reconfigura após demissão de ministros de Dilma

A expectativa do juiz federal Sérgio Moro de terminar até dezembro os processos na 1ª instância, dita por ele a interlocutores, não deve se concretizar

© Reuters

Política Investigação 29/05/16 POR Estadao Conteudo

A demissão de ministros do governo Dilma Rousseff e a cassação do mandato do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) provocarão uma reconfiguração na Operação Lava Jato. Assim, a expectativa do juiz federal Sérgio Moro de terminar até dezembro os processos na 1ª instância, dita por ele a interlocutores, não deve se concretizar. Sem direito a foro privilegiado, membros do primeiro escalão do governo da petista investigados por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras começam a ter seus inquéritos e ações penais redistribuídos para varas estaduais.

PUB

Além do maior volume de casos que deve chegar a Curitiba, na 13ª Vara, haverá uma distribuição das apurações da Lava Jato para outros Estados. Além de Curitiba e Brasília, há braços das apurações em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

Na prática, os casos que envolvam peemedebistas investigados abrigados no governo Michel Temer devem se concentrar em Brasília, na Procuradoria-Geral da República, que tem competência para processar pessoas com foro especial. Processos e inquéritos que envolvem líderes do PT devem sair do Supremo Tribunal Federal e irem para a Justiça Federal no Paraná e em outros Estados.

Recentemente, por exemplo, o ministro Teori Zavascki, relator no STF, decidiu que as investigações sobre o ex-ministro da Comunicação Social Edinho Silva, citado na delação de Delcídio, não tinham relação com o esquema na Petrobras e mandou o processo para a Justiça do Distrito Federal. O ex-ministro, no entanto, é alvo de outro inquérito no Supremo, por causa da delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC. Edinho nega irregularidades.

Caberá a Teori avaliar ainda se as investigações que atingem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-ministros de Dilma, como Jaques Wagner, Aloizio Mercadante, José Eduardo Cardozo e Ricardo Berzoini, devem continuar no STF ou se passarão para a 1ª instância. Lula, cuja nomeação foi barrada pela Corte, busca manter o foro privilegiado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Tiü França Há 12 Horas

Dono de carro que explodiu em Brasília anunciou atentado na internet

politica Brasil Há 14 Horas

Suspeito de explosões tentou invadir STF antes de morrer; veja as imagens

mundo Casamento Há 15 Horas

Casal prepara casamento dos sonhos, mas convidados não aparecem; veja

fama Luciano Camargo Há 13 Horas

Luciano fala sobre suposto afastamento de Zezé: "Meu tempo é caro"

fama Gisele Bündchen Há 14 Horas

Gisele Bündchen exibe pela primeira vez barriguinha de grávida em evento

fama Silvio Santos Há 12 Horas

Fã mostra foto da lápide de Silvio Santos, sepultado em local restrito

fama Fernanda Montenegro Há 12 Horas

Aos 95 anos, atriz Fernanda Montenegro entra para o Guinness

esporte Flamengo Há 12 Horas

Filipe Luís: 'Gabigol não será mais relacionado para jogos do Flamengo até segunda ordem'

lifestyle Doenças oncológicas Há 13 Horas

Câncer colorretal: sintomas iniciais e importância do diagnóstico precoce

fama Liam Payne Há 6 Horas

Liam Payne teria ameaçado ex com "pornô de vingança" antes de falecer