© Paulo Withaker/Reuters
O governo do presidente argentino Mauricio Macri denunciou a Odebrecht por ter supostamente superfaturado uma obra de uma unidade compressora de gás no país. O contrato foi fechado com o governo antecessor, de Cristina Kirchner, e cotizava trabalhos a preços até 400% superiores aos de uma outra planta semelhante construída no país também pela Odebrecht, segundo publicou o jornal "La Nación".
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Foram denunciados ainda funcionários da secretaria de Energia do governo federal, da Enargas (órgão regulador e fiscalizador do setor de gás) e do Nación Fideicomisos (do Banco de La Nación). A própria gerência de operações do Nación Fidecomisos havia alertado, em maio, que algumas peças importadas pela Odebrecht tinham "uma brecha considerável" entre o valor apresentado antes e depois da compra. Em um dos casos, a diferença chega a US$ 28,8 milhões (cerca de R$ 100 milhões).
Procurada pela reportagem, a empreiteira brasileira informou que não comentaria o assunto. Ao jornal argentino, porém, negou as irregularidades e afirmou que os trabalhos nas plantas compressoras não podem ser comparados porque cada um tem características específicas -localização, logística, técnica de construção e prazo de execução.
Essa não foi a primeira vez em que a empreiteira brasileira apareceu ligada a casos de corrupção na Argentina. Em fevereiro, a Odebrecht foi citada na Operação Lava Jato por supostamente pagar propinas a funcionários públicos do país vizinho. Com informações da Folhapress.