Milhares repudiam violência contra mulheres em marcha na Argentina

O 3 de junho é uma data não oficial de combate à violência contra mulher no país desde 2015

© DR

Mundo Buenos Aires 03/06/16 POR Folhapress

Parentes de dezenas de vítimas de feminicídio, acompanhados de milhares de pessoas, marcharam nesta sexta (3) contra a violência de gênero em Buenos Aires.

PUB

Elena Queiroz, 50, empunhava um cartaz em que pedia justiça por sua sobrinha Gisela López, assassinada há um mês aos 18 anos. Seu corpo foi encontrado a algumas quadras de sua casa, em Santa Elena (a 535 km de Buenos Aires), com sinais de estupro. "Foi o terceiro caso na região neste ano", contou Queiroz.

No país, 275 mulheres foram vítimas de feminicídio nos últimos 12 meses. Para María Fabiana Tuñez, presidente do Conselho Nacional das Mulheres, o machismo é a causa dos crimes.

"Essa cultura é responsável pelos casos. É necessário mudar os parâmetros da educação, ensinar que as mulheres não são objetos e deixar de reproduzir estereótipos", disse.

A chegada de Tuñez, que já trabalhava em uma ONG de combate à violência de gênero, ao Conselho Nacional foi comemorada pelo movimento feminista da Argentina.

Há, porém, questionamentos sobre o orçamento destinado ao órgão, que, neste ano, é de 16 milhões de pesos (R$ 4 milhões). O valor representa 0,001% do orçamento do Estado e menos de 1 peso (R$ 0,25) por argentina.

"É preciso fazer uma revolução cultural, o que não conseguiremos sem recursos que permitam a tomada de decisões", diz Raquel Vivanco, coordenadora do Mulheres da Mátria Latino-Americana.

Tuñez concorda que o orçamento é baixo, mas afirma que ele foi determinado pelo governo de Cristina Kirchner (2007-2015). Segundo ela, um plano de combate à violência de gênero será apresentado em julho com o valor necessário para sua implantação.

Entre as ações previstas no projeto estarão a adoção de uma educação não sexista nas escolas, um programa de assistência às vítimas e campanhas informativas.

O 3 de junho é uma data não oficial de combate à violência contra mulher na Argentina desde 2015, quando 200 mil pessoas foram às ruas de Buenos Aires após a repercussão do feminicídio de uma adolescente de 14 anos que estava grávida. Com informações da Folhapress. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Tragédia Há 20 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

fama Realeza britânica Há 3 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Hollywood Há 23 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

mundo Estados Unidos Há 22 Horas

Policial multa sem-abrigo que estava em trabalho de parto na rua nos EUA

esporte Futebol Há 23 Horas

Ex-companheiros ajudam filho de Robinho, que começa a brilhar no Santos

fama Televisão agora mesmo

Fernanda Lima diz que Globo acabou com Amor e Sexo por ser progressista

brasil Tragédia Há 21 Horas

Duas mulheres seguem em estado grave após explosão de avião que caiu em Gramado

fama Família Há 22 Horas

Está 24 horas presente, diz Iza sobre Yuri Lima, pai de Nala

fama Confusões Há 21 Horas

Famosos Problemáticos: O que os vizinhos têm a dizer

fama Saúde Há 19 Horas

'Esteja presente para você e para quem ama', diz amiga de Preta Gil