Samarco alterou documentos e dados sobre barragem, diz MP

Companhia alterou os documentos para conseguir junto aos órgãos ambientais de Minas Gerais a autorização para manter o funcionamento da barragem de Fundão, em Mariana

© Reuters

Brasil MARIANA 10/06/16 POR Estadao Conteudo

A Samarco fraudou documentação e ocultou informações para conseguir junto a órgãos ambientais de Minas Gerais autorização para manter o funcionamento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), na estrutura que se rompeu em 5 de novembro do ano passado matando 18 pessoas e deixando uma desaparecida. A informação é do promotor Mauro Ellovitch, que integra a força-tarefa montada pelo Ministério Público para apurar as causas do desastre. As investigações apontaram ainda que não havia licença ambiental para o depósito de rejeitos de minério de ferro da Vale, controladora da Samarco juntamente com a BHP Billiton, em Fundão.

PUB

Segundo informações da Polícia Federal, que também investiga o rompimento da barragem, em 2014, 28% do total de rejeitos em Fundão foram enviados pela Vale, que opera na região a Mina de Alegria.

As irregularidades levantadas pela promotoria foram apresentadas em denúncia contra a Samarco e 10 executivos, entre os quais o diretor-presidente da empresa na época, Ricardo Vescovi, acatada na quinta-feira (9) pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A força-tarefa aponta ainda modificações feitas na estrutura da barragem sem acompanhamento legal. "As provas demonstram que a Samarco realizou o recebimento de rejeitos da Vale S/A e alterações significativas na barragem de Fundão, de forma ilegal, sem qualquer licença ou controle.

Além disso, a empresa induziu os órgãos ambientais a erro, apresentando estudos, laudos e relatórios falsos, por omissões gravíssimas, nos procedimentos de licenciamento e fiscalização. Esses crimes refletem uma conduta reiterada da Samarco de fraude ao licenciamento ambiental e de operação ilícita de suas atividades", afirma Ellovitch.

Em um dos trechos da denúncia, que foi separada em três partes, a promotoria afirma que o recuo realizado pela Samarco na face da barragem de Fundão, comprometeu a segurança da estrutura. "Por conseguinte, e considerando tratar-se de medida não prevista em projeto anteriormente aprovado pelos organismos competentes, sua implementação deveria ter sido comunicada ao órgão estadual de fiscalização de barragens, a Feam (Fundação Estadual de Meio Ambiente). Em que pese a obrigação legal, a Feam em momento algum foi informada acerca das intervenções e alterações realizadas na barragem de Fundão, mais especificamente, no tocante ao recuo e alteração no eixo da barragem". Com informações do Estadão Conteúdo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Tiü França Há 18 Horas

Dono de carro que explodiu em Brasília anunciou atentado na internet

politica Brasil Há 20 Horas

Suspeito de explosões tentou invadir STF antes de morrer; veja as imagens

fama Luciano Camargo Há 19 Horas

Luciano fala sobre suposto afastamento de Zezé: "Meu tempo é caro"

fama Gisele Bündchen Há 19 Horas

Gisele Bündchen exibe pela primeira vez barriguinha de grávida em evento

mundo Casamento Há 20 Horas

Casal prepara casamento dos sonhos, mas convidados não aparecem; veja

fama Silvio Santos Há 18 Horas

Fã mostra foto da lápide de Silvio Santos, sepultado em local restrito

fama Fernanda Montenegro Há 18 Horas

Aos 95 anos, atriz Fernanda Montenegro entra para o Guinness

esporte Flamengo Há 18 Horas

Filipe Luís: 'Gabigol não será mais relacionado para jogos do Flamengo até segunda ordem'

lifestyle Doenças oncológicas Há 19 Horas

Câncer colorretal: sintomas iniciais e importância do diagnóstico precoce

politica Atentado Brasília Há 13 Horas

Imagens mostram autor do ataque ao STF detonando explosivo em Brasília