© Reuters
Um homem armado abriu fogo em uma casa noturna no centro da Flórida na madrugada deste domingo (12), deixando ao menos 50 mortos e 53 feridos, informou a polícia local.
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O atirador, munido de pelo menos um rifle de assalto e de uma pistola, teria feito reféns na boate Pulse, em Orlando, e morreu após troca de tiros com a equipe da SWAT. O suspeito seria Omar Mateen, de 29 anos, filho de pais afegãos e teria passado por treinamento, segundo informações da CBS News.
A cidade de Orlando declarou estado de emergência.
De acordo com o jornal "The New York Times", o tiroteio está sendo classificado como "incidente terrorista". O atirador não era da área de Orlando e estaria "organizado e bem preparado".
"Se consideramos esse ato como terrorista? Certamente, estamos investigando, da perspectiva de todos os envolvidos, como um ato de terrorismo", disse Danny Banks, agente especial e chefe do Departamento de Forças Policiais da Flórida. "Se é um caso de terrorismo doméstico ou internacional, é algo que iremos averiguar'.
O agente do FBI que cuida da investigação, Ronald Hopper, afirmou que há "sugestões de que esse indivíduo teria uma inclinação a uma certa ideologia. Mas, nesse momento, não podemos dizer com certeza".
Veículos de emergência foram acionados, incluindo o esquadrão antibombas e uma equipe de materiais perigosos. "Muitos feridos, não se aproximem do bairro", aconselhou a polícia em seu Twitter.
Em sua conta no Facebook, a Pulse postou às 3h (horário de Brasília): "Saiam da Pulse e corram". A publicação tem mais de 648 comentários, e alguns usuários da rede social relatam terem estado lá durante o tiroteio.
Dezenas de veículos da polícia, incluindo uma equipe da SWAT, de operações especiais, foram enviados à área próxima da Pulse. Pelo menos dois caminhões da polícia foram vistos recolhendo as vítimas do tiroteio para o hospital Orlando Regional Medical Center.
Uma testemunha, Jon Alamo, disse que estava no fundo da casa noturna quando um homem armado invadiu o local. "Ouvi 20, 40, 50 tiros", disse. "A música parou".
TESTEMUNHAS
Rob Rick, que também estava no local, afirmou que o tiroteio aconteceu próximo ao horário de fechamento, às 2 da manhã. "Estavam todos tomando a 'saideira'". Ele estimou que mais de 100 pessoas estavam dentro da casa noturna quando os tiros começaram. Ele se escondeu atrás da cabine do DJ. Um segurança derrubou uma divisória entre a área dos clientes e dos funcionários, permitindo que as pessoas fugissem pela parte de trás do imóvel.
Mina Justice estava na parte externa da casa noturna tentando falar com o filho Eddie, de 30 anos, que lhe enviou uma mensagem de texto quando o tiroteio começou e pediu a ela que chamasse a polícia. Ele disse que correu para um banheiro com outros clientes para se esconder. Depois, enviou mais duas mensagens: "Ele está vindo para cá" e "Ele nos encontrou e está aqui com a gente". "Essa foi a última conversa", disse Justice.
Por volta das 6h (horário de Brasília), a polícia informou que o forte estrondo dentro da boate foi "uma explosão controlada efetuada pelos agentes". Às 6h55, a polícia informou que o atirador que estava dentro da boate foi morto.
O incidente acontece dois dias após a cantora e ex-participante do programa "The Voice" Christina Grimmie ter sido morta após se apresentar em Orlando por um homem de 27 anos, que se matou em seguida. Com informações da Folhapress.