Líder da oposição venezuelana, Capriles será recebido por Serra

Diante da grave crise econômica e social no país, uma vitória do "sim" à proposta de destituir Maduro é dada como provável

© Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Mundo GOVERNO 13/06/16 POR Folhapress

Um dos mais importantes líderes da oposição venezuelana, Henrique Capriles será recebido na tarde desta terça (14) em Brasília pelo chanceler José Serra, segundo disseram à reportagem fontes envolvidas no encontro.

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Governador do Estado de Miranda, que abrange parte de Caracas, e duas vezes candidato à Presidência, Capriles busca visibilidade e apoio internacional ao seu projeto de convocar um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro ainda neste ano.

Maduro vem usando seu controle sobre as instituições do país, incluindo o Conselho Nacional Eleitoral (órgão eleitoral), para atrasar e dificultar a consulta, cuja ativação depende de coletas de assinaturas e verificações.

Diante da grave crise econômica e social no país, uma vitória do "sim" à proposta de destituir Maduro é dada como provável.

A oposição corre contra o tempo já que novas eleições presidenciais só seriam convocadas se Maduro for revogado até janeiro de 2017. Depois dessa data, quem assumiria em seu lugar seria o vice-presidente, atualmente Aristóbulo Istúriz.

O governo do presidente interino Michel Temer, que tenta se distanciar da diplomacia dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, fez das críticas à Venezuela e outros países latino-americanos um de seus principais eixos de política externa.

O Itamaraty, porém, não se posicionou abertamente em favor do referendo, ao contrário da Colômbia, por exemplo.

As notas da gestão Serra sobre Venezuela dão margem a diversas interpretações. Os textos pedem respeito a "métodos democráticos" e "Estado de Direito", o que soa como respaldo implícito ao referendo, mecanismo estipulado pela Constituição venezuelana.

Mas os comunicados também incentivam "diálogo" e "entendimento entre governo e oposição", o que pode ser interpretado como apoio à atual tentativa de mediação da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), cujos contornos ainda estão pouco claros.

Capriles e seus aliados dizem que a mediação é apenas uma estratégia de Maduro para ganhar tempo.

PARAGUAI E ARGENTINA

Nesta segunda (13), Capriles se reuniu em Assunção com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, adepto de uma posição linha-dura contra Maduro."Se o povo da Venezuela não está bem, nenhum país da América Latina o estará. É importante entender que o que acontece em um país se transmite a todos", disse Capriles, antes de embarcar para Buenos Aires, onde seria recebido, no fim do dia, pelo presidente argentino Mauricio Macri. Com informações da Folhapress.

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