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O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto, afirmou não haver sinais de recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) setorial antes de 2018. Para este ano, a instituição espera uma queda de 5,0% no PIB da construção e o corte de 250 mil vagas de trabalho. No ano passado, o PIB do setor recuou 7,7%.
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"Talvez tenhamos recuperação em 2018. Com as obras terminando, precisaríamos ter novas obras começando neste momento para uma recuperação do setor lá na frente. E não estamos começando nada agora", disse nesta terça-feira, 14, em entrevista à imprensa após participar de reunião com empresários da construção e o prefeitura da capital paulista, Fernando Haddad.
"As medidas econômicas (da nova equipe do governo federal) são todas assertivas. Se conseguirem adotar as medidas que estão negociando, acho que a economia brasileira rapidamente voltará a se recuperar. Mas o setor de construção é mais lento, depende de aprovação dos empreendimentos e início das obras", comentou.
PPP
No encontro com Haddad, o presidente do Sinduscon-SP reforçou a demanda do setor por modelos de parcerias público-privadas (PPP) e concessões que promovam estímulos ao mercado imobiliário e à infraestrutura. Ferraz Neto também voltou a cobrar da Prefeitura de São Paulo a desvinculação da liberação do Habite-se à quitação do ISS pelas construtoras, um procedimento que tem atrasado a liberação dos empreendimentos.
O Sinduscon-SP discute o caso na Justiça e já teve decisão favorável - o efeito, porém, se limitou a um grupo restrito de empresas que participaram do processo na justiça.