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Muito perto de fechar acordo de leniência com o Ministério Público Federal, a delação premiada de Sérgio Machado atingiu a empreiteira Camargo Corrêa. O prazo para que o trâmite ocorra termina em duas semanas.
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A aderência à leniência por parte de acionistas e executivos da empreiteira pode ocorrer para que crimes e irregularidades sejam confessados em troca de imunidade na Justiça. O que está em dúvida é saber se os procuradores aceitariam perdoar fatos graves tornados públicos com a delação de Machado.
Sérgio Machado diz que recebeu $ 350 mil (equivalente a R$ 1,5 milhão) em dinheiro vivo de Luiz Nascimento, um dos controladores do grupo, destinados ao PSDB, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo.
Após citação a Michel Temer na delação de Machado, aumentam nos meios jurídicos envolvidos na negociação da delação premiada da Odebrecht a discussão sobre a maneira com que o presidente interino aparecerá nas informações que a empresa prestará à Justiça.
A empreiteira doou recursos ao PMDB na campanha de 2014, quando Temer era candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff. O PT teria participado da negociação para a destinação de dinheiro ao partido do vice.
Segundo pessoas familiarizada com a delação, os valores destinados ao partido poderiam chegar a R$ 50 milhões.