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A crise econômica atinge a todos os brasileiros. Em Goiânia, a inflação fechou em maio o acumulado de 10,89% dos últimos 12 meses, de acordo com o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB). Neste cenário, se torna cada vez mais difícil manter o padrão de vida. Para a educadora financeira Dayane Godinho, o período exige escolhas conscientes quando o assunto é o consumo.
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“Muitas famílias estão sentindo a crise no dia a dia, considerando reajustes expressivos nos setores de alimentação, saúde e cuidados pessoais. Produtos e serviços até então consumidos com regularidade foram reduzidos ou eliminados da vida das pessoas. Esse é um momento importante para aprender a priorizar, pesquisar e comprar o que cabe no bolso” orienta a educadora financeira.
Com o aumento de preços, mudar comportamento e hábitos de consumo enraizados é necessário para não correr o risco de perder força de pagamento ao honrar, principalmente, as despesas essenciais – como as de habitação, transporte, energia elétrica e água.
Se as finanças parecem estar “descontroladas”, é importante saber quais são os verdadeiros rendimentos (salário e bônus líquidos) e gastos, incluindo os pequenos e supérfluos que acontecem no dia a dia. Por meio de um diagnóstico financeiro, é possível observar para onde o dinheiro sendo direcionado.
“Sugiro que encarem a crise econômica como uma oportunidade para rever práticas e conceitos. Ao invés de ficarem ‘abaladas’ com a situação, as pessoas podem assumir as rédeas de sua vida financeira e conhecerem seu verdadeiro padrão de vida atual, para então fazer escolhas mais assertivas no dia a dia”, orienta Dayane.
Ao controlar a sua situação financeira e praticar hábitos de consumo conscientes, é possível trocar a sensação de privação pela de realização. Afinal, mesmo na crise, é possível guardar dinheiro para realizar sonhos.
“O imediatismo afasta a realizações de sonhos maiores, aqueles que demandam esforço e tempo para acontecer. Ajustar o padrão de vida é abrir mão de pequenos confortos para dar lugar aos sonhos que marcam uma vida inteira. Afinal, a vida precisa ser mais do que dormir, acordar, comer e trabalhar. Quando olhamos para trás, o que marca são os sonhos realizados, que direta ou indiretamente envolveram a administração do dinheiro”, afirma Dayane.