Inquérito sobre estupro coletivo no Rio é concluído; 7 indiciados

"É um crime que chocou o Brasil é vai fazer história no país, até pela forma hedionda que ele foi praticado", disse a delegada Cristiana Bento

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© Divulgação / Polícia Civil

Justiça Jovens 17/06/16 POR Notícias Ao Minuto


A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (17) o inquérito do estupro coletivo que chocou o Brasil. O resultado das perícias do caso, que teve como vítima uma jovem de 16 anos, foi divulgado pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), que reuniu todos os laudos da perícia. Ao todo, sete pessoas foram indiciadas.

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"Hoje eu estou trazendo a conclusão do inquérito. É um crime que chocou o Brasil é vai fazer história no país, até pela forma hedionda que ele foi praticado. A polícia trabalha com prova técnica. Foram sete indiciados neste crime. Por uma perturbação ou trauma pode ter ficado uma falsa memória. Se houver mais, estou apurando peças para eventuais participantes", afirmou a delegada Cristiana Bento.

De acordo com o G1, com informações da polícia, o celular de Raí de Souza, de 22 anos e um dos indiciados, era uma das principais fontes da investigação. "Raí em seu depoimento disse que tinha jogado fora. A gente sabia que era a principal fonte de prova o celular de Raí. A gente tinha que procurar a todo custo. Mais de dois mil perfis de Facebook e Twitter foram investigados", acrescentou a delegada.

O aparelho telefônico foi analisado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e o resultado da perícia foi entregue ontem à delegacia.

As investigações concluíram que, no sábado do dia 21 de maio, a jovem saiu de um baile funk acompanhada de Raí, do jogador de futebol Lucas Perdomo, de 20 anos, e mais uma menina. No evento eles usaram maconha, bebida alcoólica e um entorpecente feito com clorofórmio e éter, conhecido como “cheirinho da loló”. O quarteto foi para uma casa abandonada no Morro da Barão, na Zona Oeste do Rio.

No mesmo dia, Raí, Lucas e a segunda menina deixaram o local. A jovem de 16 anos ficou por lá, ainda desacordada por conta das drogas. A menina teria sido encontrar uma hora depois pelo traficante Canário, de 28 anos, que pegou a vítima e levou para uma outra casa.

Nesse novo local, Canário teria sido o primeiro homem a estuprá-la. A Polícia acredita que a menina foi estuprada, no mínimo, duas vezes: uma no sábado e outra no domingo. O inquérito diz que, no mesmo domingo, Raí chegou na casa da comunidade com Raphael Duarte Belo, de 41 anos, e um outro homem identificado como Jefinho. Nesse momento eles abusaram da vítima e gravaram vídeos.

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