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Bráulio Fazolo, ex-dirigente do Movimento Brasil Livre (MBL) no Espirito Santo, afirmou que o grupo, responsável por organizar e convocar manifestações em prol do impeachment da presidente, agora afastada, Dilma Rousseff, recebeu dinheiro, carro e casa do PMDB, partido de Michel Temer e Eduardo Cunha.
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“Uma coisa que eu quero que fique clara é que o movimento recebeu dinheiro do PMDB. Não só do PMDB mas de alguns outros partidos, mas vou citar o PMDB em especial porque o nome do partido foi falado internamente nas reuniões. É um assunto que a gente nunca levou para fora dos grupos internos, dos núcleos”, afirmou Bráulio, em entrevista ao site Diário do Centro do Mundo.
Fazolo, que saiu da coordenação do MBL há duas semanas, por não concordar mais com os objetivos do grupo, revelou também que o movimento recebeu um tratamento especial durante as votações do impeachment em Brasília.
“As pessoas da coordenação não ficaram acampadas na votação do impeachment. A coordenação tinha um “QG”, uma casa que foi cedida por um deputado desconhecido, que a gente não sabe quem é, com carro disponível que levava e buscava as pessoas”, contou.
O ex-dirigente afirma ainda que quem não concordasse com o financiamento político externo, era convidado a deixar o MBL. “Algumas pessoas que bateram, persistiram na tecla, nessa pauta, foram convidadas a sair do grupo, foram consideradas pessoas de esquerda. É um assunto que nunca foi tratado muito bem”, revelou.