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Depois de quase seis meses parado, o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo, decidiu reabrir nesta semana a investigação sobre a legalidade da exigência do uso da roupa branca pelas babás, feita pelos clubes de elite paulistanos.
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Segundo o Último Segundo, o caso estava sendo investigado, mas foi "trancado" após dois clubes entrarem com recurso e terem seus pedidos acatados pelo Conselho do Ministério Público em dezembro, quando o órgão era formado por outros promotores.
"O Conselho autorizou a promotora a investigar todas as denúncias", afirmou o promotor Vidal Serrano, um dos membros do colegiado, em referência à promotora Beatriz Helena Budin Fonseca, responsável por abrir o inquérito civil contra os clubes. "Entendemos que os clubes devem ser investigados de maneira separada e não em um único processo. Foi isso que recomendamos à promotora, já que cada clube tem normas diferentes", afirmou.
O caso começou há um ano, quando Roberta Loria, uma das sócias do Esporte Clube Pinheiros, acionou o Ministério Público depois de saber que a entrada das babás de suas filhas foi vetada no local por elas não estarem de uniforme branco. Roberta definiu a exigência como um caso de "discriminação revoltante".
Roberta demonstrou estar satisfeita com a retomada das investigações, visto que o clube segue com a exigência. "O caso se arrasta há um ano. É claro que eu esperava entraves desde o começo, mas é frustrante. O modo como a investigação está sendo tratada, essa demora, tudo isso só mostra como o preconceito está enraizado na sociedade paulistana e como o uniforme branco é só a ponta desse iceberg", opinou.