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O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) irá recorrer ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na próxima segunda-feira (27) após desconfianças sobre a investigação da morte do empresário Paulo César Barros Morato, cujo corpo foi encontrado num motel em Olinda (PE) na última semana. As informações são do G1.
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Morato estaria envolvido no caso de corrupção investigado pela Operação Turbulência, da Polícia Federal. De acordo com o presidente do Sinpol, Aureo Cisneiros, peritos papiloscopistas foram impedidos de fazer a coleta de digitais no quarto onde o empresário estava.
A ordem, que teria partido do secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, causou "estranheza" aos profissionais. "Foi o que a categoria nos passou. Essa investigação está fora do padrão. Os peritos chegaram para fazer a coleta de digitais e outros detalhes, mas receberam uma ordem para nem entrar no quarto. Vamos pedir ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que apure essa conduta da investigação da morte dele", afirma Cisneiros.
Agora, o sindicato pretende não só acionar o MPPE,mas também enviar ofícia para Carvalho e para gestora da Polícia Científica, Sandra Santos, pedindo justificativas para o fato. " saber o motivo dessa ordem. É um fato de uma enorme gravidade já que ele [Morato] era investigado da Operação Turbulência, um esquema de corrupção no nosso estado. A coleta dessas digitais é importantíssima porque vamos saber se existia outras pessoas com ele no quarto. Está tudo muito estranho", disse o presidente do Sinpol.
Em coletiva de imprensa na SDS na última quinta-feira (23) o secretário em exercício de Defesa Social, Alexandre Lucena, tentou explicar a questão. A perícia complementar no motel chegou a ser anunciada, mas não autorizada. Segundo a pasta, a delegada responsável pelo caso, Gleide Ângelo, não teria especificado a necessidade de isolar o local. As cirscuntâncias do pedido serão apuradas.